Medição de linhas de código foi a métrica mais aplicada no passado, quando o código era dominante nas estimativas de custo. Desde a década de 1990, vem ganhando espaço a técnica de avaliação de um sistema, conhecida como FPA – Function Point Analysis, baseada na medição do valor das funções executadas pelos programas, ao invés de utilizar como base o volume ou a complexidade do código dos programas.
Para medir a qualidade dos processos de software quase 10% das empresas utilizavam pontos por função e 6%, linhas de código (vide Tabela 33 e Gráfico 17), enquanto como métricas primitivas para medir a produtividade os resultados eram de 18% e 10%, respectivamente (vide Tabela 34 e Gráfico 17).
A Norma ISO/IEC 12207 ou sua congênere brasileira, que estabelece uma estrutura comum para os processos de ciclo de vida de software, com terminologia bem definida, era conhecida por 67% e usada por 12% das empresas pesquisadas (vide Tabela 35 e Gráfico 18).
A série de normas ISO 9000 com diretrizes para aplicação da norma ISO 9001 às atividades de desenvolvimento, fornecimento e manutenção de software apresentaram o melhor resultado em termos de conhecimento (87%) e uso (34%) (vide Tabela 35 e Gráfico 18).
Quanto aos modelos para melhoria dos processos, o CMM - Capability Maturity Model, proposto para avaliação da maturidade dos processos de software e para identificação das práticas-chave que são requeridas para aumentar a maturidade desses processos, era conhecido por 75%, sendo usado por 21% das empresas (vide Tabela 36 e Gráfico 18).
Percentuais menores foram apurados para conhecimento (61%) e uso (4%) do SPICE - Software Process Improvement and Capability dEtermination (vide Tabela 36 e Gráfico 18).
Nova questão passou a integrar o formulário em 2001, buscando identificar o nível de formalização de cada processo do ciclo de vida do software e os resultados encontram-se agrupados nas três classes definidas na norma ISO/IEC 12207 – processos fundamentais, de apoio e organizacionais (vide Tabelas 37, 38 e 39 e Anexo 2).
Práticas de Engenharia de Software que tiveram destaque no desenvolvimento e manutenção foram modelagem de dados (70%), controle de versão (69%); especificação de projetos (65%), de requisitos e de programas (61%); projeto da interface com o usuário (57%), estimativa de custos (55%), métodos orientados a objetos (54%) e prototipação (51%) (vide Tabela 40).
Somente os geradores de relatórios, assinalados por quase metade das empresas, distanciaram-se no grupo, bastante diversificado, de ferramentas automatizadas de desenvolvimento utilizadas. Depurador interativo, gerenciador de projetos, gerador de código-fonte, gerador de telas e CASE oscilaram em torno de um terço dos respondentes (vide Tabela 41).
Predominantemente, as empresas apontaram entre 70% e 60% a oferta de manual do usuário, elaboração de contratos e acordos, help on-line, documentação de programas, documentação no código, especificação do sistema, acompanhamento de prazos e, próximo ao limite inferior, manual do sistema e guia de instalação. (vide Tabela 42).
Os resultados indicam que eram adotadas em média por empresa 8,8 práticas de Engenharia de Software, 5,4 ferramentas automatizadas de desenvolvimento e 10,0 diferentes tipos de documentação.