Satélite C-Bers. Ilustração: Ascom da AEB
O novo Programa Nacional de Atividades Espaciais (Pnae) acaba de ser lançado pela Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI). O documento estabelece as diretrizes e ações do Programa Espacial Brasileiro até 2021 e tem como principais metas o aumento da participação da indústria nacional e a implantação de um programa de domínio de tecnologias críticas. A formação e capacitação de pessoal e a ampliação da cooperação internacional também são temas prioritários no documento.
Segundo o presidente da AEB, José Raimundo Coelho, o documento é produto de estudos realizados pela agência do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. “Avaliamos os resultados dos três Pnaes anteriores [1996, 1998 e 2005] e recebemos contribuições de importantes instituições governamentais e privadas em anos recentes”, conta. Além disso, foi feita uma análise da organização e do funcionamento do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (Sindae).
“Acreditamos que o documento servirá como apelo à inventividade e ao empreendedorismo no Brasil”, comenta. De acordo com José Raimundo Coelho, é preciso atender às crescentes necessidades e demandas espaciais do país. “Precisamos ser capazes de usufruir, soberanamente e em grande escala, dos benefícios das tecnologias, da inovação, da indústria e das aplicações do setor em prol da sociedade brasileira.”
Para isso, ele avalia ser necessário priorizar o desenvolvimento e o domínio das tecnologias críticas, “indispensáveis ao avanço industrial e à conquista da necessária autonomia nacional em atividade tão estratégica”. A seu ver, esse domínio só será alcançado com intensa e efetiva participação sinérgica do governo, centros de pesquisa, universidades e indústrias.
Consolidação
No novo documento se busca, até 2016, concluir e consolidar diversos projetos em andamento, como os projetos dos Satélites Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres CBers-3 e CBers-4; o foguete Cyclone-4, que será lançado a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (MA); o Veículo Lançador de Satélites (VLS) e o Veículo Lançador de Microssatélites (VLM); o satélite Amazônia-1 e o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC).
No período de 2016 a 2021, denominado como fase de expansão, a meta é o desenvolvimento de novos projetos de maior complexidade tecnológica. Leia mais e acesse o documento.
Texto: Ascom da AEB