No estudo foram utilizados 10.000 horas máquina, 10.000 horas homem de trabalho, 92 técnicos e o custo aproximado de R$ 1.500.000,00*. Contou com a participação do INPE, da FUNCATE (Fundação para a Ciência Aeroespacial, Aplicações e Tecnologias) e mais 12 empresas.

Os resultados mostraram um aumento de 33% na taxa anual média de desflorestamento. A taxa subiu de 0,30% da área de floresta em 1991 para 0,40% em 1994, o que equivale a um incremento anual de área desflorestada de 11.130 km² em 1991 e 14.896 km² em 1994.

O desflorestamento ocorreu principalmente nos estados do Pará, Mato Grosso, Rondônia e Acre (fronteira agrícola brasileira) enquanto nos demais estados (Amazonas, Amapá, Roraima, Maranhão, Tocantins) houve um decréscimo da atividade de desflorestamento.
A superposição de mapas de desflorestamento a mapas de vegetação das áreas que estão sofrendo processo de ocupação indesejada mostra claramente que o avanço do desflorestamento está ocorrendo em uma região tipicamente de cerrado e cerradão, ou seja, corresponde ao avanço da fronteira agrícola.

Vale observar que 80% do total do incremento de desflorestamento observado envolve apenas 15% do território, correspondente a 750.000 km².

O índice acumulado do total de área afetada corresponde a 11,8% da área de florestas ou 469.978 km².

* US$ 1,00 = R$ 1,055 em março de 1997