Histórico

O Instituto Nacional do Semi-árido (INSA) foi criado em abril de 2004, por meio da Lei n.º 10.860, como unidade de pesquisa do então Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e regulamentado em 2006. O INSA iniciou seu processo de planejamento estratégico, com o apoio do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), visando a ajustar suas metas ao Plano de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional (PACTI - 2007- 2010) e ao Plano Plurianual (PPA). Foi um longo processo de construção coletiva, que contou com a participação de 65 instituições e 1.600 técnicos, especialistas e interessados na temática do Semi-árido. Levantaram-se subsídios a partir de visitas aos estados da região, com a participação das secretarias estaduais de ciência e tecnologia. Esse trabalho colaborou para que fosse elaborado o Plano Diretor da instituição.

O Plano Diretor 2008-2011 do INSA constitui um marco importante no histórico do instituto e instrumento para a execução da ação “Desenvolvimento Sustentável do Semi-árido”, prevista no PACTI. O documento privilegia as potencialidades do Semi-árido brasileiro, ao contrário do que tem prevalecido historicamente.

Atividades

O Decreto n.º 5.886, de 2006, que aprovou a estrutura organizacional do então MCT, estabelece que compete ao INSA promover, executar e divulgar estudos, pesquisas científicas e de desenvolvimento tecnológico, além de formar e proporcionar a fixação de capacidades humanas para o Semi-árido.

Além disso, cabe ao instituto realizar, propor e fomentar projetos e programas de pesquisa científica, estabelecendo, para isso, intercâmbios que se façam necessários com instituições regionais, nacionais e internacionais.

As atividades desenvolvidas pelo INSA são baseadas em cinco eixos: articulação, pesquisa, formação, difusão e política. No primeiro, o trabalho é feito para combater a superposição de ações, dispersão de recursos e ausências de intercâmbio entre as instituições de desenvolvimento. Levantamento feito pelo instituto mostrou que muitos dos temas de interesse regional continuam sendo tratados de forma pontual, em esforços dispersos, quando poderiam ser concentrados em núcleos de inovação, integrados por conjuntos de instituições interessadas em compartilhar infraestrutura e talentos para gerar impactos positivos, inovadores e sustentáveis na região.

No eixo pesquisa, o INSA fortalece e fomenta estudos desenvolvidos por outros atores institucionais associados a temas importantes, de forma a gerar conhecimento e tecnologia relevantes para o desenvolvimento tecnológico e sustentável do Semi-árido. Para isso, está implantando o Centro Integrado de Inovação e Difusão de Tecnologia para o Semi-árido Brasileiro (CIDSAB), um complexo de laboratórios caracterizado pelas unidades de biotecnologia, recursos naturais e agroindústria. A previsão é instalar unidades avançadas do centro em cinco estados da região semiárida, em parceria com instituições de CT&I, bem como a construção do Centro de Treinamento e Capacitação em Tecnologias e Inovações na Estação Experimental.

Também está sendo implantado o Infrainsa, grupo de laboratórios para suporte às pesquisas em reprodução animal, genética aplicada e ecofisiologia, compondo a infraestrutura de pesquisa do instituto. No eixo formação, o INSA promove iniciativas para formação de pessoal visando à capacitação de talentos regionais mediante fortalecimento e apoio a centros emergentes de ensino e pesquisa no Semi-árido. Incentiva também a inserção da relevância do Semi-árido nos projetos político-pedagógicos educacionais, em todos os níveis, contextualizando os componentes curriculares na região.

No eixo difusão, apoia a disseminação do conhecimento e o fluxo de informações entre a pesquisa, a extensão e os órgãos de desenvolvimento da região, promovendo o intercâmbio de experiências entre instituições regionais, nacionais e internacionais, relevantes para o Semi-árido. Por fim, no eixo política, o instituto gera elementos de referência, propõe e subsidia a formulação de novas políticas públicas para o desenvolvimento do Semi-árido, bem como acompanha o processo de implementação de políticas de CT&I para a região.

O Programa de CT&I para o Desenvolvimento Sustentável do Semiárido tem como objetivo estimular programas de formação e fixação de talentos, difusão de tecnologias e desenvolvimento e consolidação de redes temáticas de pesquisa, implementando redes web e consolidando a estrutura local de CT&I.

Perspectivas

Instituição científica com suas atividades em fase de consolidação, o INSA ainda tem muitos desafios pela frente. As perspectivas da instituição estão preconizadas no seu Plano Diretor 2008-2011. Essas metas buscam promover estudos sobre o impacto do clima no Semi-árido; uso de espécies vegetais; formação de rede de pesquisa para o estudo da desertificação; desenvolvimento de trabalhos bioprospectivos e de estudos do genoma animal, vegetal e de microrganismos do Semi-árido; estudo da relação solo-água-planta; criação de redes de pesquisa sobre recursos hídricos, conservação do solo, recursos genéticos em raças nativas do Semi-árido, em nutrição e alimentação animal; estimular a cooperação técnico-científica no setor agroindustrial na região; organizar fóruns de discussão sobre práticas de convivência com a seca; contribuir para formulação de políticas públicas de desenvolvimento e inclusão social no Se mi-árido.

Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI 2011- 2014) contempla o Semi-árido brasileiro com vários programas e ações. Dentre eles estão a desertificação, a recuperação de áreas degradadas, mudanças climáticas, sistemas agrossilvopastoris, recursos minerais, cadeias produtivas e arranjos produtivos locais.

Missão

Viabilizar soluções interinstitucionais para desafios de articulação, pesquisa, formação, difusão e políticas para o desenvolvimento sustentável do Semi-árido brasileiro, a partir de uma filosofia que assume a semiaridez como vantagem.

Visão do Futuro

Até 2017, o INSA pretende ser reconhecido regional, nacional e internacionalmente como o principal centro de pensamento do Semiárido brasileiro.


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