Em 1993, a Secretaria de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia, no âmbito do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade em Software – PBQP Software, iniciou pesquisa bienal para acompanhamento e divulgação a respeito da evolução da qualidade nas empresas de software, objetivando direcionar as ações dos agentes responsáveis pela formulação e execução da política de software no Brasil.
A pesquisa é amostral, aplicada sobre população alvo constituída pelas empresas desenvolvedoras de software pacote para comercialização – packaged software, software sob encomenda para terceiros – custom software, software para Internet – Internet software, software embarcado – bundled, embedded software e, ainda, empresas distribuidoras ou editoras de software de terceiros.
Este trabalho tem contado com o apoio da Associação Brasileira de Empresas Estaduais de Processamento de Dados – ABEP, Associação Brasileira das Empresas de Software – ABES, Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica – ABINEE, Associação das Empresas Brasileiras de Software e Serviços de Informática – ASSESPRO e Sociedade dos Usuários de Informática e Telecomunicações – SUCESU, que estimulam seus associados a participar.
Até a quarta edição, essas entidades participavam cuidando diretamente da distribuição e captação dos formulários de coleta de seus associados. Em 1999, o material necessário à participação esteve, alternativamente, disponível na página web da SEPIN na Internet.
A Sociedade para Promoção da Excelência do Software Brasileiro – SOFTEX participou desses esforços desde o início e, em abril de 2001, estabeleceu parceria mais estreita com a SEPIN de modo a dispor de informações sobre o desempenho do setor e, em particular, das organizações associadas SOFTEX.
Esta publicação apresenta resultados da quinta edição da referida pesquisa – "Qualidade e Produtividade no Setor de Software Brasileiro - 2001", cujo trabalho de campo estendeu-se de setembro de 2001 a abril de 2002.
Encerrado o trabalho de campo, 46% dos formulários encaminhados pelas organizações haviam sido capturados por elas próprias na página web disponível e 53% haviam sido enviados pela SEPIN, que promoveu distribuição de formulários, em versão impressa, para todas as organizações associadas aos Agentes SOFTEX e para as respondentes da pesquisa anterior.
Os recursos para remuneração do trabalho de digitação dos dados vêm sendo providos pelo Centro de Tecnologia de Software – TECSOFT de Brasília, desde 1995.
A amostra efetiva da Pesquisa 2001 foi de 446 empresas, cujos dados preenchidos em formulário próprio estruturado e não disfarçado (vide Anexo 1) foram criticados e consistidos utilizando estrutura própria criada pela SEPIN em banco de dados, cujas bases foram posteriormente importadas para permitir processamento em software estatístico.
O erro amostral calculado é de 4,5%, considerando uma população estimada para o ano 2000 de 10.713 empresas com atividades potenciais em software no Brasil, para um nível de confiabilidade de 95% sobre os resultados da pesquisa e admitindo-se variância desconhecida da variável de interesse (embora já existam estimativas disponíveis), o que maximiza o tamanho da amostra.
Modelos probabilísticos foram desenvolvidos de modo a prover estimativas para a população e permitir inferências sobre o setor de software no País, a partir de dados históricos das Bases RAIS do Ministério do Trabalho e Emprego, cedidas à SEPIN.
Pôde-se estimar que 4.805 empresas apropriaram receita específica em software em 2000, número este que se considerado como tamanho da população alvo implicaria em um erro máximo de 4,4% na presente amostra.
O glossário de termos da qualidade (vide Anexo 2) vem sendo construído e atualizado com a contribuição competente de técnicos do Laboratório de Avaliação de Produtos de Software – LAPS do Centro de Pesquisas Renato Archer – CenPRA, antigo Centro Tecnológico para Informática – CTI, da Fundação Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações – CPqD, da Companhia de Informática do Paraná – CELEPAR, e da Coordenação dos Programas de Pós-graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – COPPE/UFRJ.
Texto, elaborado pela Diretoria de Patentes do Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI, sobre patenteabilidade e registro de direitos autorais de programas de computador enriquece o conjunto de informações disponíveis nesta publicação (vide Anexo 5).
O endereço completo das organizações que colaboraram em alguma fase deste projeto de parceria encontra-se no Anexo 7.
O Quadro 01 exibe a estrutura dos indicadores propostos, que norteou a organização das questões levantadas para efeito de apresentação, gerando conjuntos referentes à caracterização das organizações, caracterização do software desenvolvido no País e gestão da qualidade, onde se tratam aspectos da gestão empresarial, da gestão de pessoas, do relacionamento com os clientes e da qualidade dos processos e dos produtos de software.
Na Pesquisa 1999, questões sobre a produtividade dos processos de software foram introduzidas, ampliando o escopo da pesquisa e refletindo a necessidade manifesta de obtenção de novos indicadores para o setor.
Adicionalmente, naquele mesmo ano iniciou-se a realização simultânea de outro trabalho de pesquisa – "Produtividade Sistêmica no Setor de Software Brasileiro", cujos resultados são apresentados na Parte III desta publicação.
Convenção utilizada nas tabelas:
... dado não disponível
- não existe o dado / zero
0,0 existe o dado, mas seu valor é inferior ao permitido na precisão adotada
x dado omitido para evitar a individualização das informações ou por falta de representatividade
Precisão adotada para exibição de percentuais:
Nas tabelas, uma casa decimal.
Tal precisão pode implicar em resultados iguais a 99,9% ou 100,1% quando somados os percentuais parciais para uma mesma variável.
Nos gráficos, nenhuma casa decimal.
Tal precisão pode implicar em resultados iguais a 99% ou 101% quando somados os percentuais parciais para uma mesma variável.
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