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Estudo avalia densidade de pirarucus após manejo participativo
06/08/2014 - 14:52
Um estudo analisou a variação da abundância, densidade e estrutura populacional do pirarucu manejado em quatro áreas de várzea do médio Solimões. O ponto de partida é a análise dos dados dos censos populacionais de 2002 a 2012, e do monitoramento da pesca entre os anos de 2008 a 2012 nos sistemas de manejo Jarauá e Maraã, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, e Coraci e Pantaleão, na Reserva Amanã. 

Os resultados apontaram que, ao longo dos anos de manejo nessas áreas, a população de pirarucus passou por fases de crescimento populacional alcançando densidades altas. Entretanto, nos últimos ela sofreu pequenos declínios e flutuações em sua densidade.

 “Essa pequena variação na densidade da população não compromete o manejo da espécie”, um dos autores do estudo. “Há um equilíbrio entre jovens e adultos, e esses dados são constantemente monitorados, permitindo à assessoria técnica identificar de imediato possíveis alterações e, a partir desta informação, sugerir possíveis mudanças na determinação das quotas de captura para não comprometer a sustentabilidade dos sistemas de manejo da espécie”, acrescenta o técnico do Programa de Manejo de Pesca do instituto.

O pirarucu é um dos maiores peixes de escama de água doce do mundo e tem grande importância econômica e social na Amazônia brasileira. A exploração da espécie na região ocorre desde o século 18, com forte pressão nos anos 1970, o que ocasionou diminuição drástica. Objetivando evitar a exploração desordenada, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) proibiu em 1996 a pesca, o transporte e a comercialização do pirarucu com comprimento total inferior a 150 centímetros ((Portaria 8).

 Em 1999, o manejo participativo da espécie foi implementado pelo Instituto Mamirauá com o objetivo de promover seu uso sustentável a partir do envolvimento da população local na gestão do manejo. A definição de quotas de captura do pirarucu passou a ser feita com base no método de contagem visual dos pirarucus nos lagos, quando eles vêm à superfície para respirar, feita por grupo de pescadores treinados para este fim.

As modalidades de explorações ilegais e mesmo as legais podem causar profundas modificações na densidade e na estrutura populacional e na proporção sexual das espécies. Sem o acompanhamento desses parâmetros, é difícil prever as oscilações nas estruturas populacionais ao longo do tempo.

 

Texto: Ascom do MCTI, com informações do Instituto Mamirauá

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