C A-    A+ A    A    A
   buscar    busca avançada Mapa do site Fale Conosco  
   

imagem
Interdisciplinaridade exige competências sólidas, diz pesquisador
Clique para ver todas as fotos de Interdisciplinaridade exige competências sólidas, diz pesquisador
O antropólogo francês Claude Raynaut no encontro. Foto: Giba/Ascom do MCTI
15/05/2014 - 17:36
“Para conduzir pesquisas inovadoras interdisciplinares nós precisamos de especialistas que tenham competências disciplinares sólidas”. É o que afirmou o antropólogo francês Claude Raynaut, em palestra no 3º Encontro Acadêmico Internacional – Interdisciplinaridade nas Universidades Brasileiras – Resultados e Desafios, em Brasília, nesta quinta-feira (15). A palestra foi mediada pelo secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Alvaro Prata.

Para Raynaut, é necessário juntar conhecimentos e saberes existentes para elaborar um novo conhecimento do cidadão jovem que seja capaz de enfrentar a complexidade do mundo.

“A formação interdisciplinar não se trata de formar um ‘homem ou mulher-orquestra’ que saiba tocar todos os instrumentos”, disse. Para gerar o conhecimento “precisamos ter pessoas que saibam tocar o violão, outra que toque o piano e cada um tem o seu papel”, ilustrou o pesquisador.

A interdisciplinaridade, segundo Raynaut, abriga uma diversidade de conceitos e é preciso que haja uma visão clara das diferenças. “A interdisciplinaridade é um grande guarda-chuva que abriga diversas ideias e projetos. Temos que fugir da tentação de reduzi-la a uma única figura”, afirmou.

Ele explicou que muitas vezes os pesquisadores procuram um denominador comum para a interdisciplinaridade como se a diversidade fosse um problema. “A diversidade não é um problema. É muito mais rico reconhecer a diversidade de pontos de vista e trabalhar com isso para ver como podemos nos articular”, disse. “O risco não vem da diversidade, vem da falta de reconhecimento dessa diversidade, da falta da avaliação do que ela quer dizer.”

Agenda

Na avaliação do secretário Alvaro Prata, a referência internacional é importante para que o Brasil possa construir os próprios referenciais e políticas. Além disso, é fundamental “para que possamos assumir de forma crescente essa agenda de trabalho”.

Prata acrescentou que a ciência brasileira tem contribuído para o desenvolvimento do país no contexto econômico e social, mas que é preciso mais para chegar ao que chamou de “Brasil real”. “Há uma necessidade absoluta de inovar, de experimentar, desde o ensino do nível básico até a universidade”, reforçou.

O evento aconteceu no edifício-sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em Brasília. O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI, Carlos Nobre, também participou.

 

Texto: Raphael Rocha – Ascom do MCTI

Outras Imagens
O secretário Prata, do MCTI, mediou o debate. Foto: Giba/Ascom do MCTI
O secretário Prata, do MCTI, mediou o debate. Foto: Giba/Ascom do MCTI
Esplanada dos Ministérios, Bloco E,
CEP: 70067-900, Brasília, DF Telefone: (61) 2033-7500
Copyright © 2012
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação