Parceria entre o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC/MCTI) e o Laboratório de Biometria e Biologia Evolutiva (LBBE) do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS) de Lyon, na França, impulsionará pesquisas na área de bioinformática e biologia computacional.
Com a coordenação da pesquisadora Ana Tereza Vasconcelos, o Laboratório de Bioinformática (Labinfo) do LNCC aprovou a parceria e criação do Laboratório Internacional de Pesquisa em Bioinformática (Lirio). O objetivo é reunir recursos humanos e materiais para o trabalho em conjunto, agregando experiências e pesquisas nas áreas de genômica, bioinformática e modelagem, bem no desenvolvimento de algoritmos e metodologias matemáticas para o estudo da bioinformática.
Com duração de quatro anos – que pode ser renovada –, a parceria se concentrará inicialmente em dois temas principais de pesquisas: a relação hospedeiro-parasita e a genômica microambiental e a biologia de sistemas.
Serão desenvolvidos estudos de modelagem das vias metabólicas e das interações entre parasitas e hospedeiros, tentando compreender esta comunicação. A primeira etapa desse processo de pesquisa é o sequenciamento do objeto de estudo. Em seguida, a realização de um estudo genômico do organismo, para dar início à modelagem da via metabólica. As equipes estarão envolvidas de forma complementar, pois lidarão com sistemas complexos, os quais poderão ser abordados das seguintes formas: experimental, bioinformática e algoritmos.
Interação
A bioinformática é vertente de trabalho comum entre as duas equipes. O aspecto bioinformático dos dois temas de pesquisa, sequenciamento e análise de dados, também será fortemente beneficiado por meio da interação entre as plataformas com as quais cada parceiro está envolvido em seu país. A formação de recursos humanos representará outro aspecto do Lirio, e terá como objetivo estender o intercâmbio de pesquisadores, estudantes de mestrado e doutorado, entre os parceiros franceses e brasileiros.
No Brasil o grupo conta com 25 pesquisadores e com a colaboração do Instituto de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Centro de Biotecnologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que enviarão alunos e professores.
Texto: Ascom do LNCC