Campolina abordou o contexto sul-americano e a ascensão de novas forças. Foto: Davi Fernandes/Ascom do MCTI
O fortalecimento da integração sul-americana, a ascensão de países como o Brasil e a China no novo cenário geopolítico mundial, o protagonismo de setores como a biotecnologia e as novas formas de tecnologias da informação e da comunicação (TICs) foram alguns dos pontos abordados nesta terça-feira (15) pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina Diniz, em aula inaugural para alunos do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio (Coppe/RJ).
“No pós Segunda Guerra Mundial, a geopolítica ficou dividida entre capitalismo e socialismo. Depois vimos a emergência de uma ordem multipolar com o G8, formado pelos países mais ricos. Agora chegou a vez do G 20, do qual o Brasil faz parte”, pontuou o ministro.
Segundo ele, para que a América do Sul ganhe mais força na economia global é importante haver o desenvolvimento conjunto de um projeto para a Amazônia, com base na biodiversidade, além da intensificação do comércio entre os países da região. “Brasil e Argentina, principalmente, precisam buscar uma forte integração ligada, entre outras, ao comércio, à energia e ao mercado de trabalho”, disse.
Campolina também ressaltou os desafios para a transformação do Brasil em um dos protagonistas internacionais, tendo em vista o novo modelo de governança global, marcado pela presença de novos polos de desenvolvimento e pela perda de hegemonia de países da Europa Ocidental, do Japão e dos Estados Unidos.
“Educação, ciência e tecnologia são a base para o desenvolvimento brasileiro, tanto no aspecto social como econômico”, disse, acrescentando que essa perspectiva, de médio e longo prazos, inclui a aproximação entre a produção científica e o sistema produtivo, que deve ser legitimada pelos diversos atores do cenário científico-tecnológico nacional.
Texto: Juliana Cariello e Isadora Grespan - Ascom do MCTI