O secretário Alvaro Prata na 17ª reunião do Forpog. Foto: Giba/Ascom do MCTI
O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Alvaro Prata, defendeu nesta terça-feira (15) a adoção de formatos diferenciados de avaliação de pesquisadores e entidades de ensino e pesquisa, durante palestra na 17ª Reunião do Fórum dos Dirigentes de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (Forpog), realizada no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB).
“Temos muito a comemorar pelo nosso sistema de educação profissional, mas nós convivemos com um modelo único”, disse Prata. “Queremos que todas as instituições funcionem de uma mesma forma, assim como esperamos da carreira de docentes e alunos. Isso está absolutamente esgotado. Precisamos perceber cada instituição de um jeito, com uma missão, e avaliá-la a partir daí.”
Para o secretário, trata-se de uma herança de um país focado em ciência básica. “Por que o bom é que o professor tenha essas e essas características? Por que o professor ideal é aquele que fez o doutorado, o pós-doutorado e que publicou não sei quantos artigos? Por que esse é o estereótipo ideal? Acho que o docente tem que ser avaliado pela sua obra, qualquer que seja ela”, propõe.
Tecnologia
Na opinião de Prata, os institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) devem manter uma agenda de inovação para se distinguirem das universidades. “Eles precisam se fortalecer dentro da missão de se aproximar das atividades profissional e tecnológica”, afirmou. “Os IFs não podem cometer o erro de buscarem se assemelhar ao modelo universitário em função do privilégio que esse padrão goza hoje perante algumas agências de fomento.”
Reunido na capital federal de segunda (14) a quarta-feira (16), o Forpog é um órgão de assessoramento da câmara de pesquisa e inovação do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif). O secretário do MCTI ainda discutiu instrumentos da pasta para promover a inovação, como incentivos fiscais, subvenção econômica, qualificação de pessoal em empresas, fundos de capital de risco, compras governamentais e crédito com taxas de juros equalizadas.
Texto: Rodrigo PdGuerra – Ascom do MCTI