A reunião do grupode trabalho no MCTI. Foto: Giba/Ascom do MCTI
Desde 2011, três unidades operam a fase piloto da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Como a organização social começa a atuar de fato no próximo semestre, o grupo de trabalho responsável pelo projeto se reuniu nesta terça-feira (3) para avaliar as situações e os rumos da experiência, que deve se incorporar gradualmente à iniciativa consolidada, sem tratamento diferenciado.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Alvaro Prata, a primeira chamada pública da Embrapii está prevista para fevereiro de 2014. “A intenção é que esse edital fique aberto até abril, no máximo, para já se contratarem as novas unidades em maio ou junho, com recursos à disposição”, disse.
Até junho, as três unidades da fase piloto – Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT), de São Paulo, Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCTI), do Rio de Janeiro, e Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Cimatec/Senai), da Bahia – precisam captar projetos de empresas para terminar de investir os R$ 90 milhões disponíveis.
Por enquanto, o Cimatec tem 22 projetos aprovados com contrato assinado, que totalizam R$ 60 milhões – R$ 20 milhões deles da Embrapii. As parcerias firmadas pelo IPT com empresas rendem, até o momento, dez projetos, a partir de R$ 23,9 milhões, sendo R$ 7 milhões da experiência piloto. Já o INT assinou contrato com nove projetos, em que são investidos R$ 15,7 milhões, dos quais R$ 5,2 milhões têm origem na iniciativa do governo federal.
“Certamente, a diretoria da Embrapii vai querer incorporar a experiência, mas, encerrada a fase inicial, INT, IPT e Cimatec devem submeter um plano de trabalho aos moldes do que será pedido às demais unidades”, ressaltou o secretário. “Ou seja, precisamos nos esforçar para que a ideia do projeto piloto desapareça e não haja nenhum privilégio ou diferencial, nenhuma marca associada, para que as unidades sejam todas vistas da mesma forma.”
Implementação
Prata informou que os ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, e da Educação, Aloizio Mercadante, assinam nesta semana o contrato de gestão da Embrapii com o governo federal. “Feito isso, a organização social passa de fato a existir, com recurso para trabalhar.”
O secretário destacou que R$ 9,8 milhões de valores suplementares, formalizados na segunda-feira (2) pelo Diário Oficial da União, devem ser repassados ainda neste ano pela Financiadora de Estudo e Projetos (Finep/MCTI) à organização social. “Isso vai estruturar a Embrapii”, explicou Prata.
Texto: Rodrigo PdGuerra – Ascom do MCTI