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Povo indígena busca sustentabilidade com auxílio da pesquisa
13/11/2013 - 10:30
O Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCTI) e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia investigam soluções sustentáveis e estabelecem cooperação institucional para valorizar patrimônio cultural da etnia Ka'apor, no Maranhão. A situação da Terra Indígena (TI) Alto Turiaçu, ameaçada pela ação ilegal de madeireiros, levou pesquisadores a lançar uma moção de apoio ao manifesto publicado por esse povo. 

Na terra indígena, situada no norte do estado, as mulheres ka’apor transformaram o principal processo de obtenção de renda do seu povo. Elas iniciaram a produção artesanal com miçangas, sementes, fibras e ossos como uma alternativa econômica sustentável que não requer a morte de animais silvestres nem a extração de madeira. Essa nova dinâmica cultural é objeto de estudo coordenado pela antropóloga Claudia López, no âmbito do Laboratório de Práticas Sustentáveis em Terras Indígenas do INCT Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia.

A bolsista Marluce Araújo fez um levantamento etnográfico dos recursos naturais e das técnicas de elaboração da cultura material, sobretudo, de artesãs das comunidades Xiepihu-rena e Paracui-rena.

De acordo com o Instituto Socioambiental (ISA), há aproximadamente mil indígenas da etnia Ka’apor na TI Alto Turiaçu. Até 1998, a sua principal fonte de renda era a produção plumária, um trabalho principalmente masculino. Com a Lei 9.605, houve a proibição da venda de artefatos com materiais oriundos da fauna silvestre – neste caso, as penas.

Perante as difíceis condições, algumas aldeias encontraram na venda ilegal de madeira uma fonte de geração de renda. Para evitar a destruição da floresta, as mulheres ka’apor iniciaram a produção de bijuterias e tecidos para a comercialização.

Etnografia

Os habitantes da TI Alto Turiaçu também participam do projeto Compartilhando Coleções e Conectando Histórias, uma parceria entre o Museu Goeldi e o Museu Nacional de Etnologia da Holanda, no reconhecimento e estudo das coleções etnográficas nas duas instituições.

Em setembro, o povo indígena apresentou um manifesto exigindo a intervenção de autoridades competentes para impedir a extração ilegal de madeiras em seu território, além de solicitar saúde e educação de qualidade, que são de direito que todo ser humano. No documento, há denúncias de ameaças de morte, agressões e assassinatos comandados por madeireiros.

Leia mais.

 

Texto: Agência Museu Goeldi
 

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