Raupp na comemoração dos dez anos do Parque Tecnológico da UFRJ. Foto: Davi Fernandes/Ascom do MCTI
A recém-criada Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) estabelecerá parcerias com parques tecnológicos de todo o país. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (18), pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, no evento comemorativo dos dez anos do Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na capital fluminense.
A Embrapii é uma das iniciativas do Plano Inova Empresa, que soma R$ 32,9 bilhões orçados até 2015 e tem como um de seus pilares o estímulo a parcerias, como aquelas entre empresas e universidades.“Assim iremos fomentar a pesquisa aplicada às necessidades do mercado, e o conhecimento vai gerar riqueza, renda e empregos”, sintetizou Raupp. “O principal propósito da Embrapii é justamente articular parcerias entre atores ligados à oferta e à demanda do setor de pesquisa e desenvolvimento.” A entidade foi qualificada como organização social no começo do mês.
O ministro também comentou sobre outro eixo da política nacional de inovação: a formação e a qualificação de recursos humanos. Ele ressaltou que o Programa Estratégico de Software e Serviços de Tecnologia da Informação (TI Maior), para isso, vai lançar um programa de bolsas para tecnólogos amanhã, em São Paulo.
Oportunidades
O reitor da UFRJ, Carlos Levi, acrescentou: é preciso aproveitar a janela de oportunidades existente no país para o desenvolvimento de novos produtos e serviços, o que fará a inovação contribuir para o crescimento econômico e social. Um dos caminhos para essa ponte entre meio acadêmico e empresas é a existência dos parques tecnológicos.
“Dinamismo é a marca da UFRJ. A maturidade da Coppe [Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia], a massa crítica da universidade e os pesquisadores contribuem para o sucesso do empreendimento”, disse.
O diretor executivo do parque, Maurício Guedes, destacou a revitalização da área, antes canteiro de obras para a Ponte Rio-Niterói, e a importância da proximidade entre empresas nascentes e consolidadas. O parque tem hoje 34 companhias – 12 de médio e grande porte, como GE, Schlumberger e Halliburton, e 22 start-ups. A previsão para os próximos cinco anos é que o espaço receba mais 200 empresas.
Também compareceram ao evento o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI), Glauco Arbix, o secretário municipal de Ciência e Tecnologia do Rio, Franklin Coelho, o secretário estadual, Gustavo Tutuca, e o gerente executivo do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes) da Petrobras, Marcos Assayag.
Texto: Juliana Cariello – Ascom do MCTI