A primeira edição da Conferência Científica da Iniciativa Latino-Americana de Ciência e Tecnologia para Implementação da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (Ilacct) vai de quarta-feira (28) a sexta (30), no Centro de Convenções de Sobral, no Ceará.
O evento é uma iniciativa do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), em parceria com instituições como a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), o Instituto Argentino de Investigaciones de las Zonas Áridas (Iadiza) e a Fundação de Meteorologia do Estado do Ceará (Funceme). A organização tem apoio da prefeitura de Sobral, da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará (Secitece) e da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), entre outras instituições.
O objetivo da reunião é tratar o conhecimento que está sendo produzido sobre o desenvolvimento sustentável das terras secas e a desertificação na América Latina e no Caribe. A ideia é criar uma rede de produção de conhecimento sistematizada que possa servir de subsídio para a tomada de decisões. Representantes de 22 países participarão do encontro para acompanhar a iniciativa e debater as questões propostas.
A desertificação é um problema de alcance global. De acordo com as Nações Unidas, 41% das terras do mundo é considerada seca, e uma em cada cinco pessoas vive em áreas afetadas pelo fenômeno. Cerca de 25% das terras da América Latina e Caribe são consideradas áridas e concentram aproximadamente 28% da população (145 milhões de pessoas). A escassez de água em regiões áridas, combinada com a situação de vulnerabilidade econômica da população local, é responsável pela pressão sobre os ecossistemas, levando à deterioração de uma forma mais acentuada e rápida.
Para o assessor técnico do CGEE José Roberto Lima, organizador do evento, a conferência será um exemplo para os próximos encontros da iniciativa. "Temos pesquisadores vindo da Europa e da África para saber como a ideia pode se disseminar. Estão todos olhando para este evento, pois é a primeira vez que há uma região se organizando cientificamente para produzir conhecimento e apoiar a implementação da convenção", explica.
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Texto: Ascom do CGEE