Uma nanocápsula capaz de prolongar a defesa contra os vetores transmissores da malária – o mosquito anófeles. Uma tecnologia inovadora para a prevenção da doença, desenvolvida pela pesquisadora Erika Gomes, mestre em Entomologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI).
Segundo ela, uma das vantagens da nanocápsula, que funciona como sistema de proteção individual, é não utilizar química no princípio ativo por se tratar de um produto natural. Além disso, o produto é biodegradável. “Sabemos que os inseticidas sintéticos são nocivos para saúde humana, assim como para o meio ambiente, por sua toxicidade”, diz. “Sendo a nanocápsula um produto natural, ela beneficiará a sociedade em relação à eficácia da proteção contra os vetores da malária”.
O trabalho da pesquisadora, fruto de sua tese de mestrado, foi apresentado durante o 1º workshop de vetores da malária na Amazônia, realizado nesta quarta-feira (26), na Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT - HVD), em Manaus (AM).
Para o coordenador do laboratório de malária e dengue do Inpa, Wanderli Tadei, o trabalho precisa ser compartilhado para ampliar a pesquisa e o uso da nanotecnologia no controle da malária.
“A dissertação é o primeiro trabalho na Amazônia em que fazemos as inter-relações entre nanotecnologia e as ações em campo. Por isso é um marco em relação à malária e também sob o ponto de vista ambiental, pois será usado menos inseticidas para o controle da doença”.
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Texto: Ascom do MCTI, com informações do Inpa