O engenheiro Edgar Dutra Zanotto. Foto: Ascom do CNPq
O vencedor da edição 2012 do Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia é o engenheiro Edgar Dutra Zanotto, professor titular do Departamento de Engenharia de Materiais da Universidade Federal de São Carlos (DEMa/UFSCar), no interior de São Paulo. Ele foi comunicado sobre sua escolha pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, e anunciado nesta quarta-feira (3) pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI).
Zanotto destaca quatro frentes como marcos em seus 36 anos de carreira: a produção de artigos acadêmicos sobre cristais em vidros, a formação de alunos e pesquisadores, a participação na criação e na consolidação do Laboratório de Materiais Vítreos (LaMaV) da UFSCar e o envolvimento na concepção e na implantação de programas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
O Conselho Deliberativo do CNPq contemplou nesta edição a área de Ciências Exatas, da Terra e Engenharias. A previsão é que a premiação seja entregue pela presidenta da República, Dilma Rousseff, em cerimônia no Palácio do Planalto.
O prêmio tem a parceria da Fundação Conrado Wessel (FCW) e da Marinha do Brasil e busca reconhecer pesquisadores brasileiros pelo trabalho realizado ao longo de sua carreira em prol do avanço da ciência, tecnologia e inovação (CT&I) brasileira. Seu nome homenageia o almirante Álvaro Alberto (22 de abril de 1889 –31 de janeiro de 1976), que por mais de meio século contribuiu com o desenvolvimento científico. Ele foi o idealizador e primeiro presidente do CNPq, originalmente chamado Conselho Nacional de Pesquisas.
A premiação é concedida anualmente, em sistema de rodízio, a uma das três grandes áreas do conhecimento abrangidas pelo CNPq: Ciências Exatas, da Terra e Engenharias; Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes; e Ciências da Vida. O vencedor recebe diploma, medalha, R$ 200 mil (valor concedido pela Fundação Conrado Wessel) e uma visita ao Centro Tecnológico da Marinha, em São Paulo, para conhecer seu Programa Nuclear.
Trajetória
Para Edgar Dutra Zanotto, trata-se da maior honraria concedida a um pesquisador na comunidade científica brasileira. Em entrevista ao Portal CNPq, o professor conta um pouco de sua trajetória e comenta os desafios da área de CT&I, em especial o de romper o descompasso entre a geração de conhecimento e a tecnologia.
Zanotto recorda a vontade de ser inventor e diz que um estágio em fábrica de azulejos foi decisivo para sua opção pela carreira acadêmica. Ele elogia a atuação do CNPq nas últimas duas décadas e destaca a importância de transparência sobre a avaliação dos resultados do programa Ciência sem Fronteiras. Leia a entrevista.
Texto: Ascom do CNPq