Com o objetivo de fomentar o programa espacial da França e, consequentemente, o europeu, o Grupo de Parlamentares Francês para o Espaço (GPE) está percorrendo países que desenvolvem atividades aeroespaciais.
Esta semana, o grupo, formado por deputados e senadores, foi recebido pelo presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Coelho.
“O Brasil tem projetos de lançadores, satélites e sítios de lançamento bem localizados. Consideramos o país um importante ator na área espacial mundial”, afirmou o presidente da delegação, o senador Bertrand Auban, em visita realizada nesta quarta-feira (20).
Durante o encontro, os parlamentares procuraram entender a organização do setor espacial brasileiro e identificar possíveis eixos de cooperação. Coelho ressaltou a necessidade de os países utilizarem a proximidade entre os dois centros de lançamento - o de Alcântara (MA) e o de Korou (Guiana Francesa) - para desenvolver ações conjuntas.
Um exemplo, segundo ele, é a crescente demanda de lançamento de pequenos satélites, que pode ser aproveitada pelas duas nações. Atualmente, a principal parceria é o rastreio de parte dos lançamentos realizados no centro de lançamento francês pelo Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, que fica em Parnamirim (RN).
O presidente da AEB expôs a intenção de enviar, por meio do Programa Ciências sem Fronteiras (CsF), alunos para a França e trazer profissionais, tanto da área científica quanto da industrial, para trabalharem no Brasil. “A base industrial francesa é bem consolidada, a nossa ainda precisa se fortalecer. Temos muito a aprender com eles”, avaliou Coelho.
Cooperação bilateral
A cooperação espacial Brasil-França começou ainda nos primeiros anos das atividades espaciais brasileiras, na década de 1960. Desde então, a parceria entre os dois países avançou em particular no campo da pesquisa científica.
Recentemente, Brasil e França reafirmaram o Acordo de Cooperação Técnica e Científica, que institui serviços de rastreamento e telemedidas prestado pelo Centro de Lançamento da Barreira do Inferno aos lançamentos feitos a partir do Centro Espacial Guianês, em Kourou.
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Texto: Ascom da AEB