O Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCTI) sediou, nesta terça-feira (19), a quinta reunião de acompanhamento do projeto piloto da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) – a primeira após a definição do modelo institucional pela presidenta Dilma Rousseff. Participaram representantes da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e dos institutos integrantes do programa piloto: INT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Senai/Cimatec).
O consultor da CNI para essa iniciativa, o economista Roberto Vermulm, prevê que até o final do ano a organização social (OS) Embrapii esteja funcionando plenamente. Vermulm, que é ex-diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Finep, destacou a importância da atividade do programa piloto, que indicou caminhos para melhor operar a entidade e definir os critérios de credenciamento de novas Instituições.
“A fase piloto mostrou a capacidade das instituições de pesquisa de conversarem com as empresas e fomentarem projetos. O programa levou-as a serem mais proativas na busca pela interação com o setor privado: uma novidade no sistema, que trocou a postura ofertista de conhecimento por uma operação de acordo com demanda das empresas”, destaca o economista.
O consultor da CNI indica ainda que, assim como na fase piloto, a Embrapii não deverá trabalhar com todos os serviços de uma instituição científica e tecnológica (ICT), mas com áreas específicas de competência, relacionadas às prioridades estratégicas do sistema de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) no momento.
Recorte
Segundo Vermulm, a experiência revelou como deve ser definida a área de atuação de cada instituto. “O foco não deve se restringir a um universo de poucas empresas, como aconteceu com o IPT em sua escolha pela bionanomanufatura, nem ser tão amplo quanto o do Cimatec, que optou por manufatura e automação”, aponta.
"A definição por setores de atividade econômica – como fez o INT, com sua opção por atuar com energia/petróleo e gás e com saúde – dá pista de como as ICTs deverão trabalhar junto à Embrapii", conclui.
Quanto ao modelo OS, o diretor da Finep avalia que criará institucionalidade e aumentará as possibilidades de atuação. “A definição pode acelerar os processos e tornar a atividade mais flexível, aproximando-a da agilidade de operação de uma empresa do setor privado”, afirma.
A próxima etapa de trabalho do projeto da Embrapii será criar a sociedade civil, composta por um grupo de associados, que pode incluir pessoas físicas ou jurídicas. Essa primeira etapa, informa Roberto Vermulm, pode ser resolvida em uma única assembleia de criação.
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Texto: Ascom do INT