As políticas públicas federais e paulistas voltadas para a segurança alimentar e nutricional foram o foco principal do debate promovido pela Rede de Defesa e Promoção da Alimentação Saudável, Adequada e Solidária (Rede Sans) nesta quinta (7) e sexta-feira (8). Com o objetivo de conhecer os diferentes programas e atuações dos órgãos do poder público, uma mesa-redonda foi formada com representantes das esferas federal e estadual, entre eles a secretária interina de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Sônia da Costa, e a chefe da Assessoria de Coordenação dos Fundos Setoriais do MCTI, Ana Lucia Assad.
No 2º Seminário Estadual da Rede Sans – Consolidando e Construindo Parcerias, buscaram-se caminhos e possibilidades para alinhar as políticas voltadas para produção e distribuição de alimentos com as ações desenvolvidas nas unidades básicas de saúde (UBSs), presentes em quase todos os municípios de São Paulo.
Para Sônia, a melhor forma de enfrentar o problema é aproximar as diferentes ações e realizar planos intersetoriais. "Acredito que cada pasta esteja fazendo o melhor em sua área. Vemos uma cobertura fundamental para a produção rural. No entanto, é no entremeio dessas ações que encontramos os gargalos da segurança alimentar", disse.
Ela apresentou projetos da secretaria feitos com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) e em parceria com o Ministério da Educação (MEC), com o intuito de realizar iniciativas conjuntas com universidades e centros universitários, para desenvolver pesquisas e formação e capacitação rural.
"Pretendemos abrir editais nos próximos três anos para a realização de projetos que possam suprir esses gargalos nacionais, promovendo a inclusão social, por meio da extensão universitária e tecnológica", ressaltou.
Meta
"Nossa meta é possibilitar que a alimentação saudável seja conhecida por todos. Assim, desejamos aliar iniciativas de produção e distribuição de alimentos ricos em vitaminas e fibras, junto com um programa de formação de profissionais de saúde que possam orientar a população", disse a coordenadora da rede em São Paulo, Maria Rita Marques de Oliveira, professora do Instituto de Biociências da Unesp.
O evento foi realizado no anfiteatro do Núcleo de Educação a Distância da universidade, na capital paulista. Contou com a participação da vice-reitora da Unesp, Marilza Vieira Cunha Rudge, e do presidente do Instituto Harpia Harpyia, Dom Mauro Morelli, e do superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra/MMA) em São Paulo, Wellington Diniz Monteiro.
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Texto: Daniel Patire – Ascom da Unesp