Pesquisadores do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) trabalharão, nos próximos dois anos, em técnicas inovadoras que permitam a veículos aéreos não tripulados (Vants) executar tarefas complexas em voo. O projeto de pesquisa foi proposto conjuntamente pelas duas instituições ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), que aprovou o financiamento do projeto por meio da
Chamada Pública CNPq-MIT 29/2012.
Em geral, veículos aéreos autônomos precisam fazer subidas, descidas e curvas de forma lenta e gradual. Entretanto, num cenário futuro, eles devem operar junto com aeronaves tripuladas, sobre cidades e espaços aéreos congestionados. Isso requer mudanças rápidas de velocidade, altitude e rumo, para desviar de obstáculos e formações meteorológicas adversas e evitar se aproximar em demasia de aviões e helicópteros. Para que tudo isso seja possível, novas abordagens e arquiteturas de sistemas de controle de Vants serão necessárias.
A possibilidade de pesquisar conjuntamente novos métodos de controle desses equipamentos surgiu quando o Departamento de Aeronáutica e Astronáutica (AeroAstro) do MIT visitou o DCTA em agosto de 2012. Definiu-se então um problema comum para o trabalho conjunto e a proposta de projeto foi submetida ao CNPq. Ao longo dos próximos dois anos, pesquisadores brasileiros do IAE e norte-americanos do MIT realizarão reuniões à distância para acompanhamento mútuo dos progressos da pesquisa, e também visitas técnicas nas duas instituições.
A instituição brasileira, ligada ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA/MD), opera o veículo experimental Acauã, cujos protótipos acumulam 61 voos de ensaio bem sucedidos, ao longo de sete anos de operação. O instituto dos EUA tem grande conhecimento na operação de pequenos veículos autônomos, tanto de asas fixas quanto de asas rotativas.
Texto: Ascom do IAE