O Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCTI) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) uniram forças para informatizar a coleção botânica do MPEG. Desde o dia 14, pesquisadores e bolsistas das duas instituições fotografam as exsicatas, amostras de vegetais desidratados, que compõem o Herbário João Murça Pires, do Museu Goeldi.
O intuito é disponibilizar as imagens na internet e cruzá-las com as informações de outras coleções de plantas existentes na Amazônia. O esforço de informatização é patrocinado pelo projeto Reflora, coordenado pelo pesquisador do Inpa Michael Hopkins.
Além de emprestar a mão de obra para a informatização, o Reflora cedeu o equipamento necessário para o registro fotográfico e deve financiar mais dois bolsistas para acelerar o trabalho, segundo a coordenadora da coleção botânica do MPEG e do projeto Reflora no Pará, Ely Simone Gurgel. Eles vão se somar à bolsista de apoio técnico responsável pela aquisição de imagens das exsicatas – registros de vegetais prensados e secos após a coleta pelos pesquisadores em campo. Por falta de mão de obra, o herbário do museu é o único da Amazônia que não está totalmente fotografado, observa Ely Simone.
“O projeto Reflora está patrocinando para que o Goeldi agilize a aquisição de imagens”, diz a pesquisadora. A força-tarefa de informatização iniciada na semana passada reuniu pesquisadores e bolsistas do Acre, de Rondônia e de Roraima, além do Pará e do Amazonas, onde estão sediados o Museu Goeldi e o Inpa, respectivamente. Eles estão fotografando as amostras e as etiquetas das exsicatas para, posteriormente, corrigir possíveis erros e reunir as informações num banco de dados que vai facilitar a consulta pelos estudiosos e interessados em flora amazônica residentes noutros estados.
O curador do Herbário do Museu Goeldi, Ricardo Secco, relata os primórdios desse trabalho: “A informatização do acervo geral se iniciou sob patrocínio da Sudam [Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia] e da agência britânica Department dor International Development [DFID], em colaboração com a Embrapa Amazônia Oriental, através do software Brahms”. Leia mais.
Texto: Antonio Fausto – Agência Museu Goeldi