O Instituto de Engenharia Nuclear (IEN) está desenvolvendo a tecnologia de radiotraçadores aplicados à indústria de petróleo e gás natural, com a perspectiva futura de prestação de serviços a essa indústria e transferência de tecnologia para empresas nacionais. O IEN é uma unidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCTI).

O método consiste em introduzir uma pequena quantidade de material marcada com um isótopo radioativo, para avaliar tanto componentes isolados como todo o conjunto de uma unidade industrial, localizando as possíveis falhas operacionais.

A pesquisa é feita pela Divisão de Radiofármacos (Dira) e coordenada pelo físico Luís Brandão, e tem financiamento da Finep – Agência Brasileira da Inovação, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Também participam do estudo a bióloga Ana Cristina Nascimento, o engenheiro César Salgado e o físico Rogério Schaffin, todos da Dira, além do aluno de doutorado Eduardo Gonçalves, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ), em seu trabalho de tese.

Em todo o mundo diversos trabalhos ilustram o sucesso dessa tecnologia na avaliação de torres de destilação de petróleo, de dutos de transporte de óleo, gás natural e derivados e de reservatórios de estocagem. Ela possibilita intervenções sem influenciar a operação normal da instalação.

A alta sensibilidade de detecção dos sistemas empregados permite o uso de concentrações baixas do radiotraçador, de modo a não representar risco radiológico para a saúde dos trabalhadores e também não causar dano ou contaminação radiológica/química ao equipamento e ao ambiente.
 

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Texto: Ascom do IEN