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Evento discute perspectivas e desafios da área energética
07/12/2012 - 15:00
As perspectivas e os desafios na área energética, em especial, do setor de petróleo e gás foram um dos principais temas debatidos, nesta quinta-feira (6), no 4º Encontro Preparatório para o Fórum Mundial de Ciência 2013, que se realiza no campus da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Salvador. O evento se encerra nesta sexta-feira (7).

Participaram do debate, o coordenador do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes) da Petrobras, Rodrigo Bustamante Smolka, que abordou a relação empresa e a academia; o professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Hernani Chaves, que falou sobre a ocorrência de gás e líquidos no folhelho (xisto argiloso) no Brasil;  o professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Carlos Cabral, que debateu a questão dos desafios do setor de gás natural; e o representante do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Manoel Barral.

Entre 2004 e 2011, a Petrobras ampliou em quase dez vezes (números absolutos) o  investimento em universidades e instituições de pesquisa e desenvolvimento (P&D), passando de US$ 31 milhões para R$ 296 milhões, informou Smolka. Desse montante, 74% se referem a projetos de pesquisa e desenvolvimento e 26% aplicados em infraestrutura.

No que se refere à destinação, 52% foram investidos no mercado interno; 25% em parcerias com instituições de ensino e pesquisas nacionais; 19% com empresas brasileiras e os 4% restantes junto a instituições no exterior. Das 120 universidades e instituições de pesquisa, cerca 50 correspondem a redes temáticas com as quais a maior empresa brasileira mantém parceria.

Mesmo ocupando o 13º lugar no ranking da produção científica mundial, no setor de petróleo e gás, o Brasil é o 17º no que se refere à publicação de artigos. A conclusão foi apresentada pelo diretor de Cooperação Institucional do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) Manoel Barral, que tratou do tema Desafios do Setor de Petróleo e Gás: Fomento e Cooperação.

“Além disso, a produção científica brasileira nesse setor é bem menor do que a de outros países do BRIS (BRICS sem a China)”, disse. “Enquanto o número de artigos científicos publicados por pesquisadores brasileiros passou de cerca de 100, em 1996, para 542 em 2011, os da Índia saltaram de 400 para 1.671, e os da Rússia, que aumentaram de 900 para 1.494”, destacou Barral.

Nesse contexto, o governo brasileiro tem procurado promover a internacionalização da CT&I e a competitividade nacional, por meio do programa Ciência sem Fronteiras, que tem como meta a concessão de 101 mil bolsas até 2015.

Apoio

Em palestra inaugural do encontro, na quarta-feira (5), o secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luiz Antonio Elias, lembrou que, nos últimos anos, a política de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) apoiou fortemente a formação de recursos humanos e a pesquisa básica e aplicada, além de projetos inovadores em áreas estratégicas.

Na oportunidade, a presidenta da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader destacou os acertos da política governamental do setor, ao citar o sistema de pós-graduação com avaliação. “Aumentou consideravelmente o número de estudantes de mestrado e doutorado dos anos 80 para cá”, disse. “Hoje, temos quase 70 mil alunos de doutorado e 120 mil de mestrado.” Helena concluiu lembrando a produção científica brasileira representa 2,7% do total mundial, o que coloca o país em 13ª lugar no ranking. 

Nesta sexta-feira (7), estão sendo realizadas mesas-redondas sobre temas, como “Fontes Alternativas de Energia” – que inclui a palestra do assessor do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Esper Cavalheiro, que abordará o tema “Convergência Tecnológica: Entre o Bem e o Mal” – e “Desafios & Perspectivas em Energia e Sustentabilidade”.

Veja a programação.


Texto: Ascom da SBPC – Ascom do MCTI

 

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