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Obmep apresenta evolução de estudantes brasileiros
03/12/2012 - 18:52
Os alunos brasileiros estão estudando mais matemática. Essa foi a avaliação do diretor do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), César Camacho, após analisar os resultados da 8ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), que foram divulgados na última sexta-feira (30) pelo site oficial do evento. O Impa é  uma organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). 

A constatação decorre do resultado das provas aplicadas na segunda fase, em setembro deste ano, que teve a participação de cerca de 800 mil estudantes selecionados na primeira etapa, realizada em junho. A média de pontuação alcançada pelos medalhistas de ouro neste ano ficou em 111, para uma nota máxima possível de 120.

“É uma nota muito elevada e mostra que a competitividade está aumentando. Isso é o reflexo de que os alunos estão estudando mais e, consequentemente, estão se colocando num nível muito mais similar entre eles”, comentou Camacho.

A melhoria no desempenho dos estudantes no último ano fez com que a organização redefinisse o número de medalhas a serem concedidas, que passaram de 3,2 mil em 2011 para 4,5 mil neste ano. A intenção do instituto é ampliar de forma progressiva o número de medalhas, até alcançar a 10 mil contemplados em 2015, com a perspectiva de premiar 6 mil alunos no ano que vem. “Dessa maneira, poderemos oferecer a todos os premiados o Programa de Iniciação Científica Júnior, além de outros benefícios”, acrescentou.

Camacho também observou um crescimento expressivo de participação na Obmep em 2012, que apresentou recorde de número de alunos, de escolas e de municípios. A 8ª edição contou com 19,1 milhões de estudantes de 46,7 mil instituições de ensino, em 99,42% dos municípios. Em 2011, a olimpíada registrou 18,7 milhões de alunos de 44,6 mil escolas, em 98,9% dos municípios. “Apenas 33 municípios deixaram de participar da edição 2012”, revelou.

Desempenho regional

Outra característica desta edição 2012 é o desempenho das escolas estaduais. Dos 500 medalhistas de ouro, 274 são de escolas estaduais, 115, de instituições de ensino federais e 111, de municipais. “Se levarmos em consideração que as escolas federais já fazem uma seleção prévia, isso mostra recuperação e melhoria de desempenho das escolas estaduais”, afirma César Camacho. “É muito gratificante saber que a competição está se tornando, cada vez mais, uniforme, e que os estudantes estão se preparando melhor”, reforçou.

Ao todo, serão concedidas, em todo o país, 4.500 medalhas, sendo 500 de ouro, 900 de prata e 3.100 de bronze, em cerimônia no ano que vem. Na oportunidade, também serão concedidos 46,2 mil certificados de menção honrosa e distribuídos prêmios a professores, escolas e secretarias de Educação, com base em resultados apresentados por seus alunos na segunda fase.

A região Sudeste aparece na lista divulgada no site da Obmep com o maior número de medalhistas de ouro: 310. O destaque coube a Minas Gerais, que teve 152 alunos premiados com a distinção máxima. Na região Sul, 96 estudantes ficaram com ouro; o Nordeste, teve 49;  o Centro-Oeste (35); e o Norte, teve dez.

Camacho comentou que é preciso ter cautela ao analisar a quantidade de medalhas conquistadas por região, pois cada uma possui características diferenciadas. Ele lembra que alguns municípios registraram, nos últimos anos, de forma isolada, resultados surpreendentes, se considerada a população.

Na edição da Obmep deste ano, o destaque ficou com o município de Paulista (PB), que levou cinco medalhas de ouro, três de prata e duas de bronze. “Não há dúvida que, neste lugar, existe um professor ou grupo de professores que leva essa atividade a sério”, avaliou.

Sobre a Obmep

Desde 2005, quando foi instituída, a olimpíada estimula o estudo da matemática entre alunos e professores de todo o país, além de produzir e disponibilizar, pela internet, material didático de qualidade. Para medalhistas dos ensinos fundamental e médio, a Obmep oferece bolsas do Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC) e do Programa de Iniciação Científica e Mestrado (Picme), para aqueles que estão se graduando.

Ao participar do PIC, os alunos recebem bolsas de estudos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) – com duração de um ano – visando aprofundar o conhecimento matemático dos participantes, expandir o gosto pela matemática e pela ciência em geral.

A olimpíada é uma realização do Impa, com apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e promoção conjunta do MCTI e do Ministério da Educação (MEC). Também são desenvolvidos pela Obmep o Programa de Preparação Especial para Competições Internacionais (Peci) e o Programa Olímpico de Treinamento Intensivo (Poti).

Leia mais.

Texto: Denise Coelho – Ascom do MCTI

 

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