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Obmep divulga premiados da oitava edição
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Medalhas da Obmep. Foto: Divulgação/Obmep
30/11/2012 - 18:27
O Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) anunciou, nesta sexta-feira (30), os vencedores da 8ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). A lista dos 4,5 mil medalhistas de 2012 está no site oficial do evento.    

Para chegar à premiação, os estudantes selecionados precisaram vencer duas etapas. Na primeira, em 5 de junho, 19 milhões alunos de todo o país fizeram provas com questões objetivas e subjetivas. Da segunda, em 15 de setembro, participaram aproximadamente 800 mil estudantes – os que tiveram melhor avaliação na fase inicial.

Ao todo, serão concedidas 500 medalhas de ouro, 900 de prata e 3.100 de bronze, em cerimônia a ser realizada no ano que vem. Também serão concedidos 46,2 mil certificados de menção honrosa e distribuídos prêmios a professores, escolas e secretarias de Educação, com base nos resultados apresentados por seus alunos na segunda fase.

A região Sudeste aparece na lista divulgada pela Obmep com o maior número de medalhistas de ouro: 310. Destaque para o estado de Minas Gerais, onde 152 alunos serão premiados com a distinção máxima. Na região Sul, serão 96 estudantes; no Nordeste, 49; no Centro-Oeste, 35; e no Norte, dez.

Sete vezes medalhista

Entre os medalhistas está o cearense Ricardo Oliveira da Silva, 23 anos, que encerra a sua participação na olimpíada com sete medalhas – duas de prata e cinco de ouro, a última delas conquistada nesta edição.

Cadeirante, ele ganhou destaque na imprensa e chamou a atenção da organização da Obmep pelo desempenho e pela vontade de vencer e ultrapassar seus próprios limites. Impedido de frequentar a escola até os 16 anos, devido a uma atrofia espinhal, ele teve a ajuda dos pais, que o motivaram ao contato com as primeiras letras, números e operações.

A trajetória do campeão de matemática de Várzea Alegre começou por meio de um programa de inclusão educacional oferecido pelo governo Ceará, em 2007, ano em que quando ele obteve o primeiro ouro na olimpíada. Hoje, o filho de agricultores usa cadeira de rodas, mas chegou a ser levado num carrinho de mão pelo pai para fazer a primeira prova.

Dedicação aos estudos e o amor pelas ciências exatas contribuíram para ter chegado tão longe, avalia o estudante, que está finalizando o ensino médio. “Sempre fui curioso, como um cientista. A matemática é o alicerce de toda ciência, por causa disso tive mais facilidade.”

Em 2008, Ricardo recebeu a primeira medalha de ouro do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, neste ano, foi agraciado novamente durante a cerimônia de premiação da Obmep, em agosto, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, quando recebeu a medalha de 2011 das mãos da presidenta Dilma Rousseff.

Incentivo aos estudos

Desde 2005, quando foi instituída, a olimpíada estimula o estudo da matemática entre alunos e professores de todo o país, além de produzir e disponibilizar pela internet material didático de qualidade. Para estudantes medalhistas do ensino fundamental e médio, a Obmep oferece bolsas do Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC) e do Programa de Iniciação Científica e Mestrado (Picme), para medalhistas que estejam se graduando.

Ao participar do PIC os alunos recebem bolsas de estudos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI). Com duração de um ano, a participação no programa visa aprofundar o conhecimento matemático dos participantes, expandir o gosto pela matemática e pela ciência em geral e estimular a criatividade por meio do confronto com questões interessantes da disciplina.

A olimpíada é uma realização do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) – organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – com apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e a promoção conjunta do MCTI e do Ministério da Educação (MEC). Também são desenvolvidos pela Obmep o Programa de Preparação Especial para Competições Internacionais (Peci) e o Programa Olímpico de Treinamento Intensivo (Poti).

 

Texto: Denise Coelho – Ascom do MCTI, com informações da Assessoria da Obmep

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