“Muito se discute sustentabilidade e conservação da biodiversidade no Brasil atualmente”, comenta o pesquisador Cléverson Santos, do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCTI), “mas é impossível preservar aquilo que não se conhece”. Daí a importância de discutir, no 7º Congresso Brasileiro sobre Crustáceos, o passado, o presente e o futuro das coleções biológicas desses animais no Brasil.
O tema será debatido numa mesa-redonda moderada por Santos, que contará, também, com a participação de pesquisadores do Sul e do Sudeste do país. O congresso terá lugar no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia, em Belém, entre este domingo (11) e quarta-feira (14).
Presidente da comissão organizadora do evento, Cléverson Santos diz haver um consenso entre os estudiosos de crustáceos – denominados carcinólogos – da necessidade de analisar o estado atual das coleções do Brasil. Segundo o pesquisador, as maiores estão localizadas na região Sudeste. “É preciso desenvolver coleções em outras regiões e diversificar a representatividade de grupos nelas”, acrescenta. Camarões, pitus, lagostas e caranguejos costumam predominar nesses conjuntos de animais catalogados e armazenados.
Nova se comparada com outras coleções carcinológicas do país, a do Museu Goeldi começou a ser reunida há 20 anos e dispõe, hoje, de 1,2 mil registros. “Ela começou a ser formada com exemplares de camarões de água doce da região”, informa o pesquisador, o que reitera a predominância daqueles animais. São os mais conhecidos tanto popularmente quanto para a ciência, o que explica seu predomínio deles nesses conjuntos e reafirma a necessidade apontada de diversificar a amostragem de animais nas coleções.
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Texto: Antonio Fausto – Agência Museu Goeldi