Com pedais soltos, cadeiras reguláveis, mesas sem cantos e apoio para os pés, o novo mobiliário para os trabalhadores do setor de confecções foi apresentado no estande da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina no Trabalho (Fundacentro)  na 9ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em Brasília. A inovação foi patenteada pela Fundacentro e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados (Conaccovest). A patente é inédita para ambas as organizações. 

A pesquisa para melhorar as condições de trabalho da categoria foi organizada pelo ergonomista e designer tecnologista da Fundacentro, Ricardo Serrano. O estudo traz mudanças na arquitetura e no material das mesas e cadeiras utilizadas por trabalhadores do ramo têxtil.

O projeto foi desenvolvido com o apoio do Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco. Segundo o analista em ciência e tecnologia da Fundação, Marcos Fraga, analisar o espaço físico foi uma das etapas do estudo. Foram necessários, também, palestras e oficinas para identificar necessidades que poderiam ser supridas no mobiliário de trabalho.

Marcos explica que o estudo foi baseado em análises de vários técnicos, que trataram desde o ambiente até as ferramentas utilizadas no trabalho. As novas condições apresentadas contribuíram para a prevenção de acidentes, de lesões por movimento repetitivo e melhoraram o rendimento das atividades. A proposta ergométrica ainda está em fase de validação, mas algumas fábricas já aderiram à proposta. “Beneficia as duas partes, o trabalhador e a empresa”, avalia.

A Fundacentro, ligada ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), é colaboradora da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Texto Thamy Ribeiro – Ascom MCTI

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