Secretário Alvaro Prata lança desafio em seminário. Foto: Giba
Gestores públicos, empresários e pesquisadores devem encarar o desafio de ampliar a percepção da sociedade sobre a importância do investimento em tecnologia, sobretudo em setores estratégicos para a economia.
A declaração foi feita, nesta quinta-feira (4), pelo secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Setec/MCTI), Alvaro Prata, na abertura do Seminário Internacional em Estruturas em Aço, Ensino e Pesquisa Científica e Tecnológica. O encontro foi realizado na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), em Brasília.
“Nós, do governo federal, vamos buscar, cada vez mais, dar as respostas que a sociedade precisa. Mas é preciso também que todos coloquemos no nosso colo aquela parte que nos compete. Como é que eu posso ajudar a resolver o problema? Esse exercício deve ser feito individual e coletivamente“, recomendou o secretário do MCTI.
A diretora do Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA), Catia Coelho, apontou para as “infinitas oportunidades” disponíveis no setor, mas lançou um alerta. “O momento é agora. Se a nossa educação não se mobilizar, vamos importar engenheiros da China. Então, é a nossa hora de investir e pensar na questão da sustentabilidade. Nossa indústria opera abaixo da capacidade”, afirmou, ao lembrar que “as décadas de 1980 e 1990 foram perdidas para a engenharia e arquitetura brasileiras”.
De acordo com o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, o seminário deve servir como “balcão de ideias” que subsidie a elaboração de editais específicos, voltados ao programa Ciência sem Fronteiras ou a programas de fomento à indústria nacional de estruturas. “Estamos longe de ter a massa crítica que precisamos. O Brasil tem hoje 1,4 doutor para cada mil habitantes”, afirmou. “A princípio, nós planejamos chegar numa meta de ter seis [por mil], que é o padrão de Canadá e Austrália, embora ainda distante de EUA e Alemanha”, acrescentou.
O objetivo do evento – que se encerra nesta sexta-feira (5) – é discutir quais são as áreas prioritárias para pesquisa e formação de pessoal de nível superior no país, com foco na indústria da construção civil em aço, além de analisar possibilidades de interação com instituições internacionais de renome.
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Texto: Ascom do MCTI