O Brasil precisa priorizar parcerias que envolvam governo, empresas e institutos de pesquisa, além de dar ênfase à educação, para atingir, de fato, um desenvolvimento sustentável. A declaração foi feita pelo secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Alvaro Prata, ao participar do debate China e Brasil: Os Grandes Desafios. Parte do projeto O Futuro Sustentável, a atividade foi realizada pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ) nesta terça-feira (19).
“Precisamos ampliar o modelo de parcerias”, defendeu, apontando exemplos: “Temos várias conquistas na área de petróleo e gás, com a Petrobras, na aeronáutica, com a Embraer, e no agronegócio, com a Embrapa, em parceria com institutos e universidades”.
Prata apontou a necessidade de ampliar o contingente de jovens com formação superior. “Precisamos superar a questão da educação, ampliar o acesso, pois apenas 14% da população na faixa dos 18 aos 24 anos chegaram ao ensino superior”, afirmou o secretário, para quem um país que aspira se tornar uma potência tecnológica precisa formar mais engenheiros e cientistas.
O secretário enfatizou a capacidade do Brasil de apoiar novos investimentos, mas cobrou uma maior participação dos empresários. “O Brasil tem acreditado no jovem empresário. O empreendedor tem um ambiente propício para se desenvolver, temos incubadoras e ainda estamos trabalhando na redução da burocracia para abrir ou fechar uma empresa e pesquisar novas tecnologias”, disse. “Ainda assim, precisamos acordar a indústria e o empresariado nacional, para que eles busquem a inovação. Não temos um histórico de empresas que perseguem isso.”
Participação chinesa O vice-ministro de Ciência e Tecnologia da China, Wang Weizhang, ressaltou que seu país é um dos maiores investidores em tecnologias sustentáveis, e apontou os avanços do país na área. “A China apoia o desenvolvimento sustentável e tem mais de 131 projetos em andamento”, explicou Weizhang. “Nos últimos anos, investimos 13 bilhões de yuens em pesquisas ambientais e sustentabilidade.”
Ele também destacou a importância da parceria entre os dois países. “Temos diversos acordos de cooperação em projetos de pesquisa e políticas de desenvolvimento tecnológico agrícola com o Brasil”, disse. “Desejo que a parceria entre Brasil e China seja de grande sucesso.”
Acompanhe a participação do MCTI na RIo+20. Texto: Gerhard Brêda – Ascom do MCTI