Os estudantes Ernane Neto e Marcio Kennedy. Foto: David Normando/Ascom do MCTI
O açaí se tornou popular em todo o Brasil nos últimos anos, servido em forma de polpa. É um alimento energético, popular entre praticantes de atividades físicas. Para resolver os problemas dos restos da indústria desse produto, um grupo de estudantes da cidade de Igarapé-Miri (PA) desenvolveu um sistema barato e sustentável para transformar as sementes do fruto em adubo. Eles mostram o projeto no Espaço Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável, Armazém 4 do Píer Mauá.
“No Pará, o açaí é um fruto de consumo diário, especialmente na forma de suco”, explica Ernane Neto, um dos estudantes do colégio Manuel Antônio de Castro que desenvolveram a técnica. “O problema é que só utilizam o fruto, que representa uma pequena parte do açaí, e as sementes são jogadas pelas ruas, trazendo pestes e doenças para as pessoas.”
Ele e Marcio Kennedy, então, levaram sementes para a escola e projetaram um jeito de elas se transformarem em adubo, usando um moedor industrial. “O problema é que os moedores industriais custam mais de R$ 3 mil, isso inviabiliza que os pequenos produtores tenham um em suas terras”, explica Ernane. “Por isso, desenvolvemos um triturador sustentável, feito de materiais reciclados, manual, que custa em torno de R$ 20.”
Acompanhe a participação do MCTI na Rio+20. Texto: Gerhard Brêda – Ascom do MCTI