O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social supervisionada pela pasta, e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), iniciará uma série de ações estratégicas voltada à cooperação científica no continente africano com o intuito de fortalecer o combate à desertificação.
Esse é objetivo do Programa de Cooperação Científica Brasil-França-África, que será lançado dentro da programação da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, Rio de Janeiro na quarta-feira (20).
O evento terá a presença do ministro Marco Antonio Raupp e de chefes de Estado e pesquisadores de diversos países. Será realizado às 11h, no Pavilhão Brasil, no Parque dos Atletas.
Acordo A parceria é fruto de uma longa cooperação entre esses parceiros, iniciada em na segunda Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento em regiões Semiáridas (Icid+18), em agosto de 2010, em Fortaleza. Em outubro de 2011, o CGEE firmou parceria com o Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD/ França) e com a Agência Pan-Africana da Grande Muralha Verde (APGMV), na cidade de Niamey, capital do Níger. O programa concretiza ainda os compromissos do acordo assinado em março de 2012, durante o 6° Fórum Mundial da Água em Marselha (França).
A iniciativa visa a reforçar a governança e o desenvolvimento sustentável das terras secas, e apoiar políticas nacionais e locais, com foco em seis eixos temáticos: Agricultura e alimentação; Gestão dos recursos naturais (água, solo, biodiversidade etc.); Adaptação às mudanças climáticas; Desenvolvimento sustentável e humano; Governança; Tecnologia e inovação.
As agências de financiamento CNPq (Brasil), Aird (França) e APGMV (região do Sahel, na África) devem trabalhar em estreita colaboração. Pretende-se, no futuro, que esta iniciativa possa atrair novos doadores e financiadores do desenvolvimento impulsionando o desenvolvimento sustentável em terras secas africanas. A ideia é também proporcionar a transferência de ciência e conhecimentos por meio de iniciativas de apoio e programas de pesquisa interdisciplinar.
Acompanhe a participação do MCTI na Rio+20. Matéria atualizada em 18/06/2012
Texto: Denise Coelho – Ascom do MCTI, com informações da Ascom do CGEE