Cerimônia pelo Dia Mundial do Meio Ambiente. Foto: Wilson Dias/ABr
05/06/2012 - 20:47
“Sem ciência e tecnologia não se fazem os ajustes que precisam ser feitos e devem ser discutidos no âmbito da Rio + 20”, comentou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, que teve a agenda oficial, nesta terça-feira (5), marcada por solenidade e reuniões voltadas para a temática do evento.
No Palácio do Planalto, o ministro acompanhou a cerimônia pelo Dia Mundial do Meio Ambiente, com lançamento de um conjunto de medidas para comemorar a data e abrir as atividades para a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a ser realizada, entre os dias 13 de 22 deste mês, no Rio de Janeiro.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, reafirmou os compromissos do governo federal com o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Entre os avanços obtidos pelo país, ela citou o menor índice de desmatamento na Amazônia Legal dos últimos 23 anos, conforme dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), instituição ligada ao MCTI.
No resultado final do levantamento, obtido pela análise de 213 imagens de satélites, o Inpe computou 6.418 quilômetros quadrados de área desmatada para o período agosto de 2010 a julho de 2011. Esse valor representa a menor taxa de desmatamento registrada na Amazônia Legal desde que o instituto iniciou o monitoramento, em 1988.
Ainda segundo a ministra, o desmatamento na região sofreu uma queda de 76%, entre 2004 e 2011, e mais de 80% da vegetação original da Amazônia permanece intacta. A presidente Dilma Rousseff reforçou o papel de destaque do Brasil no cenário internacional como referência em crescimento econômico, inclusão e preservação ambiental.
“Essa redução é impressionante. Ela é fruto de mudanças na sociedade, mas também ela é fruto da decisão política de fiscalizar e, ao mesmo tempo, da ação punitiva dos órgãos governamentais”, disse. “Não apenas somos um país com a maior extensão de florestas tropicais do mundo, como temos nos capacitado cada vez mais a preservá-las”, completou Dilma.
Contribuição da ciência
O diretor do Inpe, Leonel Perondi, presente à cerimônia, comentou o papel do instituto ao prestar auxílio com informações para subsidiar interpretações e ações dos órgãos públicos. “Está muito claro que a ciência e a tecnologia podem dar uma contribuição muito grande para a política de governo. A importância disso vem crescendo ao longo do tempo”, frisou.
O ministro Raupp apontou o trabalho do Inpe - por meio do uso de conhecimento, tecnologias e metodologias – entre os exemplos de ações relevantes rumo ao desenvolvimento sustentável do país, temática de reflexão da Rio + 20: crescimento, inclusão e proteção ao meio ambiente.
“Levantar dados para ver como articular esses três pilares é o que temos que fazer e já estamos fazendo. A ciência tem um papel fundamental nesse processo”, salientou o titular do MCTI.
Raupp adiantou que o ministério tem se articulado com organizações internacionais e terá como um dos destaques na conferência a realização do Fórum Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Sustentável, entre os dias 11 e 15 de junho, na Pontifícia Universidade Católica (PUC), no Rio.
O ministro profere palestra na abertura e participa dos trabalhos de encerramento do evento, organizado pelo International Council For Science (ICSU) em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e outras instituições.
Texto: Denise Coelho - Ascom do MCTI