O ministro Mercadante em seminário na Câmara. Crédito: Lecino Filho/Ascom do MCTI
16/08/2011 - 17:53
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) pretende criar nos próximos anos mais Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs) por meio de parcerias. A ideia foi debatida nesta terça-feira (16) na Câmara dos Deputados durante o seminário Extensão Tecnológica no Brasil, promovido pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI).
Atualmente, os CVTs são criados por meio de emendas parlamentares. Desde 2003, mais de 200 CVTs foram criados com apoio do ministério. A intenção é incentivar as parcerias entre instituições públicas federais, estaduais e municipais.
Para o ministro Aloizio Mercadante, são necessários recursos próprios dos municípios por meio de parcerias, convênios e cooperações. "Queremos ir alem das emendas e que esse programa seja prioritário do governo federal, com políticas e recursos alocados", disse.
Na avaliação do secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis) do MCTI, Marco Antonio de Oliveira, cerca de 900 municípios brasileiros mereceriam os centros de capacitação tecnológica. Pela nova proposta, os CVTs seriam classificados em quatro categorias: para cidades com menos de 10 mil habitantes; de 10 mil até 20 mil; de 20 mil a 50 mil; e com mais de 50 mil habitantes. A vocação local também e avaliada. "Temos como foco a extensão tecnológica, a inclusão digital e a educação profissional de base tecnológica", explicou Oliveira.
Todos os CVTs têm um laboratório, uma área de estudos, uma sala de videoconferência e uma área administrativa. Para os municípios com menos de 10 mil habitantes, os laboratórios seriam móveis – ônibus, caminhões ou barcos.
O secretário disse que a partir de setembro o MCTI começa a receber propostas de novos centros por meio do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse do Governo Federal (Siconv).
Em sua participação, o deputado Ariosto Holanda (PSB-CE) destacou a meta do governo Dilma Rousseff de instalar CVTs em 600 municípios. De acordo com o parlamentar, a transferência de conhecimento tecnológico é uma forma de inserir trabalhadores no mercado e evitar o fechamento de empresas. Segundo ele, educação, ciência e tecnologia são as alternativas para melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país.