Estudantes, pesquisadores, professores, participantes da 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) em geral, tiveram a oportunidade de debater sobre a produção de energia nuclear no país, durante a palestra do presidente das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Alfredo Tranjan Filho. Para ele, o uso dessa fonte enérgitica tem que ser considerado. “Temos necessidade de criar novas formas de produção de energia. Precisamos utilizar todas as opções possíveis”, enfatizou.
O presidente da INB disse que até 2030 o país precisa dobrar sua capacidade de geração. “Hoje, produzimos 100 mil megawatts. É preciso passar para 225 mil megawatts. Fizemos uma conta considerando um crescimento médio anual de 5,5%. O desafio é aumentar em 100% uma produção de energia que levamos 500 anos para alcançar. É uma missão à qual precisamos atentar”, ressaltou.
Sobre a matriz energética, Tranjan afirmou que a brasileira é a mais limpa do mundo e que, mesmo aumento o nível de produção daqui a 29 anos, continuará sendo a menos poluente. “Em 2008, o percentual da matriz limpa era de 85,7%. Em 2030, será de 81%”, disse.
O presidente da INB comentou ainda que o país é o segundo lugar em termos de reserva de urânio. “Atualmente, temos 1,5 milhão de toneladas que podem ser extraídas”, destacou.