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Brasil e Reino Unido querem aprofundar cooperação bilateral
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Crédito: Lecino Filho - Mercadante se reúne com John Beddington e assessores
11/05/2011 - 13:30

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, recebeu hoje (11) a visita do conselheiro-chefe para Assuntos Científicos do Governo Britânico, John Beddington. Na reunião, foram discutidas novas possibilidades para aprofundar a cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) entre os dois países.

A questão das bolsas de estudo em universidades britânicas pontuou as discussões. Mercadante solicitou ao governo britânico que estude uma forma de facilitar o acesso de estudantes brasileiros, como, por exemplo, com a isenção de cobrança de taxas universitárias. A medida vai ao encontro da intenção do governo brasileiro de aumentar o número de bolsas no exterior. A meta é que sejam concedidas 75 mil bolsas nos próximos três anos, sendo 10 mil para o Reino Unido.

No encontro, ficou também acertado um convênio entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) e o Biotechnology and Biological Sciences Research Council (BBSRC), para o apoio a projetos conjuntos de pesquisa nas áreas de segurança alimentar, bioenergia e pesquisa industrial. A previsão é de que os editais sejam lançados em 2012.

Cooperação

O Acordo Básico de Ciência e Tecnologia entre o Brasil e o Reino Unido entrou em vigor em 2000. Entretanto, a cooperação bilateral vem se desenvolvendo há anos, em especial, em temas ligados à biodiversidade amazônica e da região do cerrado, em projetos conjuntos de pesquisa, desenvolvimento e inovação.

Em 2006, durante a visita de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi adotado o Plano de Ação Bilateral na área de C&T com o objetivo de fortalecer a cooperação e com foco em ações voltadas para erradicação da pobreza, promoção da inclusão social e melhoria da qualidade de vida.

À adoção do Plano seguiram-se numerosas atividades conjuntas que reuniram especialistas nas seguintes áreas: mudanças climáticas; eletrônica orgânica; saúde animal; produtos naturais; fármacos; e ética na ciência.

Também durante a visita do presidente Lula ao Reino Unido, em 2006, foi estabelecido o "Joint Economic and Trade Committee" (JETCO), fórum de discussão para o incremento das relações econômico-comerciais bilaterais e canal de diálogo com os setores privados dos dois países para facilitar e promover o comércio e os investimentos de lado a lado.

Ainda durante o "Ano da Ciência-Inovação Brasil-Reino Unido" (2007-2008), foram realizadas missões e visitas de alto nível recíprocas e assinados importantes convênios entre entidades brasileiras e britânicas de pesquisa.

Em 2008, o conselheiro chefe para Assuntos Científicos do Governo Britânico, John Beddington, veio ao Brasil para o encerramento do Ano da Parceria Brasil – Reino Unido em Ciência, e naquele momento, assinou o documento “Parceria Brasil e Reino Unido em Ciência e Inovação” dando início à segunda fase deste programa. Em novembro daquele ano, o MCT e o Governo britânico firmaram Carta de Intenções relativa à Cooperação em Pesquisa, Formação e Atividades Afins.

Nos últimos três anos, a Rede de Ciência e Inovação do Consulado Britânico, em São Paulo (SP), organizou diversos eventos, envolvendo mais de 400 cientistas do Reino Unido e mais de 30 mil pesquisadores e estudantes brasileiros. Há um crescente número de publicações conjuntas envolvendo autores brasileiros e britânicos. Pesquisadores dos dois países colaboram nas áreas de espaço, mudanças climáticas, bioenergia e agricultura. Programas financiados pela União Européia têm sido utilizados para desenvolver as colaborações.

A cooperação bilateral tem trazido também benefícios econômicos aos dois países. Instituições britânicas têm auxiliado na formação de empresas de alta tecnologia a partir de universidades brasileiras e ajudado a licenciar tecnologia brasileira em outros países. A equipe localizada em São Paulo organizou missões para que venture capital brasileiro seja investido em empresas britânicas dos setores de biotecnologia e bioenergia.

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