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Programas sociais do MCT serão levados a Moçambique
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Ricardo Lemos/MCT - Delegação Moçambicana em reunião técnica no MCT.
19/04/2010 - 08:50

A capacidade do Brasil de promover a integração entre os vários setores da sociedade e órgãos públicos para desenvolver ciência, tecnologia, inovação e ainda permitir a inclusão social. A experiência surpreendeu diretores regionais da área de ciência e tecnologia de Moçambique, na África, em visita técnica ao País.

A delegação africana conheceu na quinta (15) e sexta-feira (16) o trabalho desenvolvido por institutos de pesquisa vinculados ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e pela própria pasta. Do encontro, resultou a proposta de criação de um Programa de Inclusão Social para Moçambique aos moldes dos projetos já implantadas no Brasil. 

Os três representantes das regiões Norte, Sul e Centro do país africano, estiveram também no Ministério da Educação (MEC), na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e no Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE/MCT). 

Na secretaria executiva (Sexec) do MCT conheceram as principais linhas da Política de Desenvolvimento Produtivo e do Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação (PAC,T&I – 2007-2010), entre outras ações, e marcos regulatórios e legais, instituídos para alavancar o desenvolvimento nacional. A assessora da Sexec, Léa Contier de Freitas, mostrou os avanços obtidos nos últimos anos, com o crescimento da produção científica e com o impulso da inovação nas empresas.

De acordo com ela, nesta década, especialmente a partir de 2005, as empresas começaram a acordar para a inovação e passaram a atuar como parceiras do governo e de vários setores da sociedade, além do envolvimento com universidades. “Apesar dos avanços, apenas 37% da ciência nacional está concentrada nas empresas, mas, em 2005, esse percentual era de 26%. Os países desenvolvidos têm a inovação como carro-chefe; nos Estados Unidos, 80% da ciência está nas empresas”, exemplificou.

Técnicos da Secretária de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis/MCT) demonstraram estratégias adotadas para popularizar a ciência; além de desenvolver vocações regionais por meio de projetos diversos, como os voltados à inclusão digital, ao aprimoramento de produtos artesanais e reciclagem. Tecnologias sociais implantadas graças às parcerias e ao conhecimento científico, as chamadas “tecnologias sociais”.

Moçambique é um país da África Austral (parte Sul da África), situado na costa do Oceano Índico, com cerca de 20 milhões de habitantes (2004). Foi uma colônia portuguesa, que se tornou independente em 25 de Junho de 1975. A intenção de levar as experiências, inclusive na área de habitação e artesanal para melhorar as condições de vida da população, anima os técnicos moçambicanos.

“Isso é muito importante porque nosso país está em desenvolvimento, começando a se estruturar depois de uma guerra de muitos anos. Estamos preocupados com a situação da qualidade de vida da nossa população. Para que ela possa produzir para o seu próprio sustento, temos que buscar na ciência e tecnologia algo que possa, em pouco tempo, trazer resultados”, disse a diretora regional de ciência e tecnologia de Moçambique, Ana da Graça Ernesto.

De acordo com o secretário Roosevelt Tomé, da Secis, o encontro foi positivo e o MCT pode contribuir com ações para transformar essa realidade. “A ideia do Programa de Inclusão Social Brasil/Moçambique deve ser colocada em prática pela assessoria de articulação internacional. Já está em curso um movimento forte neste sentido, agora é só incluir essa participação da tecnologia social”, disse.

A delegação moçambicana está no Brasil há duas semanas para conhecer programas e projetos nacionais na área de educação e C,T&I. No Rio de Janeiro, estive na Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT), no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) e no Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCT). A programação é coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE). Amanhã (20) a delegação visita instituições em São Paulo.

Segundo Ana Ernesto, as novas cooperações fortalecerão a relação já existente entre o Brasil e Moçambique, em especial, com a formação de estudantes e pesquisadores (mestres e doutores) daquele país nas universidades brasileiras. “Estamos levando muita informação e isso ajudará a montar melhor a nossa estrutura de ciência e tecnologia, sobretudo, para evitarmos erros porque não temos tempo para fazer o que o Brasil levou 50 anos para conseguir”, reconheceu.

 

 

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