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Indústria eletroeletrônica ganha impulso com fábrica de chips
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Divulgação/MCT - Ceitec busca a recuperação do País no setor de microeletrônica.
04/02/2010 - 08:15

O setor de microeletrônica do País ganha outro impulso nesta sexta-feira  (5), com a inauguração da fábrica de circuitos integrados do Centro de Excelência e Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), em Porto Alegre (RS).

A empresa pública federal já tem um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (Design Center) com a atuação de engenheiros altamente qualificados e, agora, passa a ter condições de produzir inovações em grande volume e escala comercial. É a primeira empresa da América Latina especializada da no desenvolvimento e produção de chips (circuito eletrônico miniaturizado composto principalmente por dispositivos semicondutores).  

A estatal, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), foi criada por decreto presidencial em novembro de 2008. O investimento do governo tem o objetivo de desenvolver a indústria de semicondutores, atraindo novos fabricantes, gerando as condições para a consolidação da indústria microeletrônica avançada no País. Além da receita gerada pela comercialização de chips, a Ceitec tem papel importante ao manter no Brasil a propriedade intelectual de todos os produtos desenvolvidos pelos seus engenheiros.

Balança comercial

Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), nos países desenvolvidos, o setor eletrônico responde por 12% do Produto Interno Bruto (PIB). No Brasil, a indústria eletroeletrônica representava 4,3% do PIB, em 2008, segundo a Associação da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).

Os dados consolidados da Abinee mostram ainda que o déficit da balança comercial de produtos do setor eletroeletrônico foi de US$ 17,5 bilhões, em 2009, superando as previsões anteriores de US$ 16,8 bilhões. Para este ano, a previsão é que o déficit atinja US$ 19,5 milhões. Grande parte deste déficit resulta da reduzida fabricação no País de semicondutores e do alto volume de importações para atender a demanda por produtos eletroeletrônicos.

As exportações brasileiras decorrente da produção de componentes discretos e do encapsulamento, montagem final e testes de componentes semicondutores, em geral de baixa complexidade, cresceram 50% entre 2000 e 2008, passando de US$ 50 milhões em 2000 para US$ 76 milhões em 2008, retornando ao patamar de US$ 57 milhões em 2009. As importações, por sua vez, cresceram 94,1% no mesmo período (média superior a 8% ao ano). Em 2000, eram de US$ 2 bilhões, chegando a US$ 4 bilhões em 2008 e US$ 3,2 bilhões em 2009.

O déficit nacional em componentes semicondutores também tem crescido, em decorrência da pequena produção e do crescente aumento no uso de circuitos integrados na indústria eletroeletrônica. A relevância dos componentes semicondutores para o setor eletroeletrônico, não só como insumo, mas também como agente indutor de inovações, motivou a inclusão do tema entre as prioridades nos planos e programas do governo Federal.

Investimento

Só o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) investiu quase R$ 500 milhões em ações e projetos voltados ao setor de microeletrônica no período de 2002 a 2009. Na avaliação do ministro Sergio Rezende, o Ceitec é estratégico para o incremento da economia nacional. "Estamos pegando o bonde da microeletrônica que, por muito tempo, foi esquecido. Representa a volta do Brasil à indústria da microeletrônica", afirmou

A implementação e a operação do Ceitec é uma das linhas de ação e das medidas previstas na Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior – PITCE, em 2004. A partir de 2007, passou a integrar o Plano de Ação em Ciência Tecnologia e Inovação 2007-2010 (PAC,T&I) e, logo em seguida, foi incorporada no Programa de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), lançado em 2008.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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