Crédito: Arquivo - Centro-sul das regiões Sudeste e Centro-Oeste e para o Sul do Brasil persiste uma distribuição de chuvas dentro da categoria normal a acima da normal climatológica ao longo dos meses de fevereiro, março e abril
O fenômeno El Niño continuará provocando chuva no Sudeste, segundo os meteorologistas do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CEPTec) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), que elaboram nesta semana, com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e centros estaduais, a previsão climática de consenso para o próximo trimestre.
As previsões indicam maior probabilidade de chuva abaixo da média histórica no norte da região Norte e na maior parte do Nordeste. Porém, para o centro-sul das regiões Sudeste e Centro-Oeste e para o Sul persiste uma distribuição de chuva dentro da categoria normal a acima da normal climatológica ao longo dos meses de fevereiro, março e abril. Nas demais áreas do País a categoria mais provável é de chuva em torno da média histórica.
Os valores de temperatura do ar estão sendo previstos acima da normal climatológica na maior parte do Brasil. Esta previsão tem como principal suporte a persistência do fenômeno El Niño na região do Pacífico Equatorial no período de fevereiro a abril.
O fenômeno El Niño permanece com águas anomalamente quentes, em torno de 2ºC, na região do Pacífico Equatorial, assim como nas camadas sub-superficiais próximo à costa oeste da América do Sul. A persistência de águas superficiais mais quentes que o normal nos oceanos Atlântico Norte e Sul continua favorecendo a atuação da Zona de Convergência Intertropical (Zcit) ao norte de sua posição climatológica e a ocorrência de chuva acima da média no Sudeste.
Informações adicionais sobre as condições oceânicas e atmosféricas globais e a situação da chuva em todo o País podem ser encontradas em https://infoclima1.cptec.inpe.br.
Temporais
O final de dezembro e início de janeiro foi marcado pela ocorrência de temporais no Rio de Janeiro e no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, com destaque para as cidades de Angra dos Reis (RJ) e São Luiz do Paraitinga (SP). O volume de chuva esteve associado principalmente ao aumento da convergência de umidade no setor central do Brasil. Por outro lado, o norte do Nordeste ainda sofre com a falta de chuva, em particular as localidades situadas entre o nordeste do Pará e o norte do Ceará.
A definição dos termos meteorológicos e dos sistemas sinóticos mencionados no texto pode ser encontrada em https://www7.cptec.inpe.br/glossario.