Nesta semana, quem foi ao Parque Zoobotânico (PZB) do Museu Paranaense Emílio Goeldi (Mpeg/MCT), em Belém (PA), pôde conhecer o sua mais nova habitante. Desde segunda-feira (16), um filhote, fêmea, de onça-pintada (Panthera onca) ocupa o viveiro das onças.
O animal, que ainda sem nome, tem apenas seis meses e chegou ao Museu há cerca de três semanas, trazido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que o apreendera em Anajás, município paraense localizado no Arquipélago do Marajó. Depois do tratamento inicial, os veterinários do Museu iniciaram o processo de adaptação em cativeiro para monitorar seu comportamento.
O filhote ainda não fica integralmente no viveiro, passando as manhãs e retornando para a Veterinária do Museu ao fim do dia. Como é muito jovem, ainda é muito sensível e requer uma adaptação gradual e cautelosa, sobretudo por não ter a presença dos pais. “Animais muito jovens que não têm a figura dos pais ficam inseguros e podem ser apegar facilmente às pessoas. Por isso, é necessário um cuidado gradual”, explica Messias Costa, do Serviço do Parque Zoobotânico (SPZ/Mpeg).
Sobre o animal
A onça-pintada é o maior felino das Américas, distribuindo-se desde o Sul dos Estados Unidos até a Argentina. Vive cerca de 20 anos e tem uma diversidade de habitat, podendo ser encontrado em cerrado, caatinga, pantanal e florestas tropicais. É um animal carnívoro, que está no topo da cadeia alimentar dentre os carnívoros terrestres. Está ameaçado de extinção e apresenta certas dificuldades quando criado em cativeiro, tanto por se reproduzir com facilidade, aumentando facilmente a quantidade de espécies cativas, quanto por precisar de muito espaço.
Hoje, o Museu Goeldi tem dois outros exemplares de onças: Guma, com 10 anos e Talismã, com 12 anos. Em julho último, o MPEG perdeu Bemp, uma fêmea de onça-pintada preta de 22 anos.