O Brasil conquistou pela primeira vez a premiação máxima na competição Idea to Product (Da Idéia ao Produto), que ocorre anualmente desde 2001 e é realizada nos Estados Unidos. O projeto vencedor é um processo que transforma cerâmica comum em importante instrumento para controle de infecção hospitalar, por meio de um método mais simples e mais barato que o usual.
Desenvolvido pelo grupo de pesquisa interdisciplinar Nanoita, formado dentro da incubadora tecnológica vinculada à Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), ele teve apoio de R$ 300 mil do Programa de Subvenção Econômica da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT). O grupo fez uma parceria com a empresa Itajara Minérios.
A competição busca fazer uma ponte entre as invenções e inovações que surgem no meio acadêmico e a criação de novos negócios e ocorre em duas etapas. As equipes têm que apresentar um produto ou uma tecnologia inovadora e única, de modo a atingir as necessidades de um público-alvo específico. Eles são julgados por especialistas em tecnologia, representantes dos patrocinadores com fluência nas áreas específicas e investidores de venture capital.
Após superar 26 empresas brasileiras na versão latino-americana do Idea to Product, organizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em setembro, em São Paulo, a equipe foi para o Texas (EUA), onde conquistou o primeiro lugar.
O produto do Nanoita foi considerado o melhor entre outros apresentados por 15 universidades da Ásia, Europa, americas do Norte e do Sul. “Esse prêmio coloca o Brasil em igualdade de desenvolvimento com os países de primeiro mundo, mas entendemos que esta conquista não diz respeito só aos pesquisadores em questão, mas principalmente às ações governamentais que foram aplicadas corretamente”, diz Sergio Mazurek Tebcherani, membro da equipe vencedora.
Ele conta que o desenvolvimento do projeto só foi possível devido ao apoio recebido por meio da Lei da Inovação e do Programa de Subvenção Econômica da Finep.