Na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2008 cerca de 50 alunos do Centro de Ensino Instei, de Ceilândia, cidade satélite de Brasília (DF), visitaram os estandes na Esplanada dos Ministérios. Os jovens ficaram empolgados com as exposições sobre Ciência e Tecnologia. Este ano os estudantes voltaram à SNCT, mas agora como expositores. O estande do colégio é um dos mais visitados.
Os alunos se revezam nas diversas apresentações do Show de Ciências, organizado por eles. Quem passa pelo estande pode fazer um mini-exame para saber qual o seu tipo sanguíneo, conhecer o processo de produção de perfumes e shampos e outras curiosidades do mundo científico.
“O tema ganhou força no colégio. Temos alunos que desenvolveram projetos e ganharam prêmios neste ano”, conta a professora de ciências sociais, Elienaide Almeida. Os estudantes Lívia de Araújo, de 15 anos, e Arnon Abner da Silva, de 15 anos, ganharam o prêmio Jovem Inventor do Fundo de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF).
O colégio fez uma parceria com a Universidade de Brasília (UnB) para que os alunos do ensino fundamental e médio façam ciência na prática. O objetivo do programa Engama, segundo a coordenadora do Centro Educacional Instei, Arquidamia Josefa, é motivar os alunos a estudar as ciências exatas (Química, Física, Matemática e Biologia).
“O importante é os fazer conhecer e gostar das [ciências] exatas colocando a mão na massa. Para os alunos de ensino fundamental é uma forma de prepará-los para as matérias do ensino médio. Para os alunos de 15 a 17 anos, o programa é um auxílio nos estudos e também uma preparação para o mercado de trabalho”, explica.
Dezoito alunos participam das atividades no estande da escola. “Fizemos uma seleção porque, infelizmente, não é possível trazer todos os adolescentes”, diz a professora Elienaide. “Eu nunca gostei de física e química. Fui ajudar os meninos com os projetos e me apaixonei”.
No estande a vontade de participar é tão grande que os alunos chegam a discutir. Rayssa Silva e Beatriz Bezerra, de 13 anos, disputam para saber quem conduz a apresentação. “O mais legal é apresentar para os visitantes como se faz os perfumes e xampus. Se a Beatriz cochilar já testou falando”, brinca Rayssa, que sonha em ser diplomata.
Beatriz diz que o projeto de ciência e tecnologia na escola ajudou a escolher a profissão. “O contato com a matemática e a física me ajudaram a escolher a engenharia civil. Sei que ainda estou nova, mas tenho certeza de que vou fazer vestibular para uma área que exige fazer muitas contas”.