A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) anunciou esta semana a criação do Centro Polar e Climático (CPC), unidade destinada às pesquisas nas duas regiões polares.

O novo órgão é uma evolução do Núcleo de Pesquisas Antárticas e Climáticas (Nupac), que nos últimos 15 anos, tem sido responsável pela execução do programa glaciológico nacional na Antártica e nos Andes, atuando na introdução de uma nova área de conhecimento no País.

O CPC, que também será a sede do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera, é o primeiro centro nacional dedicado ao Ártico. Em particular, suas pesquisas estarão também dedicadas ao impacto das mudanças da criosfera ártica para o Atlântico Sul.

A unidade reúne pesquisadores nacionais e internacionais dedicados à investigação do papel do ambiente glacial no sistema climático (em particular a Antártica), o clima e paleoclimatologia da América do Sul meridional e as mudanças climáticas, permitindo a oferta de disciplinas aos programas de pós-graduação em Geociências e Geografia, e também a cursos de graduação da UFRGS.  

O Centro também aumenta a integração do ensino universitário e básico ao oferecer cursos sobre as mudanças do clima e geografia polar aos professores do ensino básico; estimulará o desenvolvimento das pesquisas em ciências atmosféricas; apoiará várias instituições e fóruns nacionais envolvidos com a questão das mudanças do clima. Manterá ainda um banco de dados climáticos do Rio Grande do Sul; além da pesquisa científica, atuará no âmbito do Programa Antártico Brasileiro (Proantar) como difusor da informação geográfica das duas regiões polares.

Sua implementação consolida o primeiro centro nacional de pesquisa e ensino em área essencial para o Proantar e contribuí para uma série de iniciativas do governo Federal para a questão das mudanças do clima - Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais.

As atividades do CPC são financiadas principalmente pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e têm o apoio da Secretaria Interministerial para os Recursos do Mar (Secirm), da Marinha.