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Parque Zoobotânico em Belém comemora 114 anos
14/08/2009 - 08:45

Passadas as férias escolares, o Museu Paraense Emilio Goeldi (Mpeg/MCT) retoma sua programação educativa. Agosto é o mês da comemoração do aniversário do Parque Zoobotânico que, amanhã (15), completa 114 anos. Oficinas, palestras e algumas homenagens são atividades de uma programação já tradicional no calendário da instituição de pesquisa mais antiga da Amazônia. Centenária e atual, assim é a agenda de atividades das comemorações que destaca a educação ambiental e o atendimento de uma variedade de públicos desde a educação infantil até a terceira idade.

Amado na cidade e apreciado por visitantes os mais diversos, o Parque passa por reformulação de longo prazo dentre as quais se destaca a construção do Centro de Exposições “Eduardo Galvão”. Para o aniversário desse ano foram organizadas diversas atividades lúdico-educativas para todos os que quiserem participar da comemoração. Trilhas, oficinas e palestras, que envolvem meio ambiente, arborização, energia, reciclagem e história, compõem a programação, que conta com inúmeras parcerias e foi preparada pelo Serviço de Educação (SEC), o Núcleo de Visitas Orientadas ao Parque Zoobotânico (Nuvop) e o Serviço do Parque Zoobotânico (SPZ).

Reciclagem e Memória

Entre as atividades está uma oficina de arranjos florais que fará reciclagem de material botânico desidratado. Ministrada por Gracy Linhares e Any Machado, a oficina acontece no Espaço Cultural Raízes, a partir 14h30. Os participantes das oficinas vão utilizar materiais do Parque e do seu entorno, dentre eles as folhas de mangueiras. Professores da Escola-Bosque e da Fundação Pestalozzi num total de 20 pessoas são os participantes das oficinas. 

A partir de domingo (16), a programação é mais diversa. Haverá a inauguração da Trilha da Memória, organizada pelo Núcleo de Visitas Orientadas ao Parque Zoobotânico (Nuvop), que contará um pouco da história do Museu Goeldi para os visitantes. A trilha sairá em dois horários, às 9h30 e às 10h30, e terá personagens como o fundador do Museu, Domingos Soares Ferreira Penna; a primeira diretora do Mpeg, Emília Snethlage; e o próprio Emílio Goeldi. Os visitantes irão passear pelo Parque e seus monumentos, conhecendo um pouco mais sobre a história do local, que será narrada por bolsistas de iniciação científica júnior, estudantes na faixa de 13 a 18 anos.

Cultura, homenagens e brincadeiras

Ainda no domingo, acontece a abertura da Expo-feira Arte Goeldi, que irá mostrar um pouco da cultura paraense para os visitantes. A arte em miriti e cerâmica, o grafismo em cuia, o cheiro do Pará e as bolsas em tururi são exemplos da mostra que acontecerá no Espaço Raízes, do Parque Zoobotânico. Além desses, outros produtos como camisetas, pintura, eco-jóias, e produtos orgânicos estarão em exposição e à disposição para aquisição pelo público até o dia 23, quando acontecerá o encerramento da Expo-feira.

Dentro das atividades, haverá tempo ainda para homenagens especiais e diversão. O Dr. Jorge Arthur, idealizador do Bioparque Amazônia Crocodilo Safari Zoo, localizado a cerca de 20 km do centro de Belém, será um dos homenageados, assim como Jader Ferraro Carvalho, produtor de flores tropicais e palmeiras. E as crianças também terão vez na programação com brincadeiras ecológicas conduzidas pela dupla de palhaços Marcos Razeck e Rosa Marina, com participação de Eduardo Viana. As brincadeiras ecológicas irão destacar o desmatamento, a arborização urbana e a importância da fauna e da flora amazônica no cotidiano da cidade de Belém, enfatizando a importância de ambientes sadios como o Parque do Goeldi.

Temas ambientais

Como parte da programação foi organizado um Ciclo de Palestras que acontecerá no Auditório Alexandre Rodrigues Ferreira, do Parque Zoobotânico do Museu. As sessões acontecerão nos dias 18 e 19, pela parte da tarde, e serão ministradas por representantes de instituições parceiras do Goeldi. Para a abertura do ciclo, foi convidado o cantor e compositor Firmo Cardoso, que fará uma apresentação de voz e violão. No primeiro dia do ciclo, serão apresentados os temas ”Gestão Plena nos Municípios do Pará”, sob a responsabilidade de Cláudio Cunha, da Secretária Municipal do Meio Ambiente (Semma); além de “Desafios para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia“, por Aldalberto Veríssimo, do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

No segundo dia de palestras, as apresentações serão de Ivan Aragão, do Grupo Rede - Centrais Elétricas do Pará (Rede - Celpa), que falará sobre “Energia elétrica e arborização urbana”; e Sérgio Brazão, da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), com o tema ”Unidades de Conservação em Belém-PA”.

O Parque

Tombado como Patrimônio Histórico Nacional e Estadual, o Parque Zoobotânico foi criado em 1895 pelo naturalista suíço, Emílio Goeldi. Com 5,4 hectares , o Parque abriga uma diversificada vegetação, uma amostra da fauna e flora amazônica, além de espécies exóticas. Dentre as espécies botânicas, destacam-se as árvores de grande porte, como a samaumeira e o ipê, mas também as espécies ameaçadas de extinção, como o mogno.

A fauna livre também é um atrativo: cotias, garças, guarás, preguiças, convivem livremente com os visitantes. Mas a maior atração dos quase 200 mil visitantes que o PZB recebe, em média, durante o ano são mesmo o jacaré-açu “Alcindo”, as onças-pintadas, os macacos, os quelônios e diversas aves que encantam adultos e crianças.

No Parque estão localizadas a Diretoria do Museu Goeldi, as Coordenações de Pesquisa e Pós-Graduação, Comunicação e Extensão, Administração, Museologia, assim como a Assessoria de Comunicação Social, a Editora e o Espaço Ernst Lhose – Livraria e Café.

Novo

Com mais de um século de existência, o Parque do Museu Goeldi está sendo revitalizado. A proposta prevê a busca por uma contínua integração que valorize relações entre os seres vivos, com espaços maiores para os animais em seu contato com a vegetação. Nessa ação de revitalização da área verde do Museu Goeldi haverá não só a valorização da fauna e da flora do Parque, mas a dos prédios e monumentos históricos.

Além do Centro de Exposições “Eduardo Galvão” que teve suas obras iniciadas no primeiro semestre, o Museu coordena a fase final da reforma do Aquário, um dos mais antigos do país, e inaugurou o Espaço “Ernst Lhose”, livraria e café localizado próximo ao prédio da Rocinha e da Diretoria.

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