Procedimentos para Qualidade
Para efeito da pesquisa, os métodos de engenharia de software foram agrupados em dois subconjuntos distintos de tecnologias para a melhoria da qualidade do software de acordo com classificação proposta por Caper Jones: métodos para prevenção de defeitos e métodos para detecção/remoção de defeitos.
O principal método utilizado por mais de metade das empresas para prevenção de defeitos nos produtos desenvolvidos era o controle de versão, seguido por métodos apontados por percentuais decrescentes entre 44% e 33% das empresas - prototipação, gerência de projetos, métodos orientados a objetos, métodos estruturados, análise de requisitos, projetos da interface com o usuário e análise crítica conjunta. (vide Tabela 33)
Dentre alguns métodos para prevenção de defeitos selecionados como "avançados", encontravam-se no grupo principal obtido a prototipação (44%), os métodos orientados a objetos (37%), os métodos estruturados (36%) e os projetos da interface com o usuário (35%). Outros, também indicados, não se destacaram alcançando 19% para o método de reuso e, com percentuais inferiores a 10%, para a adoção de medições da qualidade (métricas), Joint Application Design - JAD e gestão de configuração. (vide Tabela 33) e (Tabela 34)
O grupo dos principais métodos adotados para detecção de defeitos apresentava percentuais mais elevados do que o grupo de métodos para prevenção, variando em um intervalo com limite inferior de 42% até um limite superior de 67% e incluindo diferentes categorias de testes e validação. (vide Tabela 35)
Considerados "avançados", três métodos foram apontados com destaque - os testes de sistema (67%), os testes de aceitação (47%) e a validação (42%). Testes de unidade, revisões estruturadas, auditorias, inspeções formais e verificação independente foram assinalados por menos de um quarto das empresas. (vide Tabela 35)
O uso de ferramentas automatizadas de desenvolvimento mostrou-se bastante diversificado, de tal modo que apenas os dicionários de dados, os geradores de relatórios e os geradores de telas superaram a fração de um terço dos respondentes. (vide Tabela 36)
Ferramentas consideradas "avançadas" foram assinaladas de forma bastante diferenciada - gerador de telas, gerador de código-fonte, gerenciador de projetos, Computer Aided Software Engineering - CASE, gerenciador de bibliotecas de módulos, prototipador e gerenciador de configuração. (vide Tabela 36) e (Tabela 37)
Os resultados indicam que, em termos médios globais, eram utilizados por empresa 4,0 diferentes métodos para prevenção de defeitos, 4,4 métodos para detecção de defeitos e 3,7 ferramentas automatizadas de desenvolvimento.
O número médio de documentos era de 6,7 tipos diferenciados por empresa com uma distribuição onde as empresas apontaram, predominantemente, adoção de manual do usuário (76%), uso de help on-line (64%) e elaboração de contratos e acordos (63%), seguidos por guia de instalação, documentação de programas, documentação no código e especificação de sistema assinalados por pouco mais da metade das empresas pesquisadas. (vide Tabela 38) Outros tipos de documentação eram adotados por um número menor de empresas. (vide Tabela 39)
Bibliotecas técnicas especializadas eram mantidas em 40% das empresas, enquanto 49% mantinham acervo embora sem registro bibliográfico. (vide Gráfico 18)