Gestão de Recursos Humanos
A partir dos anos 80, quase meio século passado desde que o controle estatístico de qualidade começou a ser implantado nas empresas, sob uma ótica onde a produção é que importava e reduzir a quantidade de peças não defeituosas era prioridade, vem-se consolidando o interesse pela qualidade dos serviços associados e pelo comportamento humano.
Assim, além de questões diretamente relacionadas a ganhos financeiros, os empresários vêm cuidando da qualidade técnica, dos padrões de seus produtos e serviços, e também da qualidade das pessoas por eles ocupadas.
Não basta um profissional bem formado. É preciso promover sua atualização em termos de conhecimentos e estabelecer um relacionamento onde as relações pessoais, o acesso às informações e o espírito de equipe sejam valorizados.
Os resultados desta pesquisa apontam que a participação dos empregados na solução de problemas era promovida através de reuniões de trabalho em quase 75% das empresas, com outras formas de participação assinaladas por um número bastante menor de empresas para procedimentos informais (36%), formação de times, equipes ou círculos de controle da qualidade - CCQ (21%) e manutenção de programas de sugestões (19%). (vide Tabela 26)
Esse espaço aberto à participação dos empregados, em algumas empresas, não era dado através de procedimentos combinados - 31% somente promoviam reuniões de trabalho, 11% adotavam exclusivamente procedimentos informais e menos de 5% recorriam a times, equipes ou CGC e programas de sugestões sem combiná-los com outros tipos.
Quase metade das empresas avaliavam seus empregados informalmente (vide Tabela 27), enquanto um número pouco menor que este realizava pesquisas de satisfação junto aos mesmos também de maneira informal. (vide Tabela 28)
Praticamente todas as empresas (96%) ofereceram treinamento a seus empregados no ano de 1996, sendo um pouco inferior o percentual das que treinaram seus gerentes (93%). No entanto, apenas cerca de um terço dessas informaram que há registro das cargas horárias correspondentes. (vide Tabela 29)
A partir dos valores informados pelas empresas que oferecem treinamento e registram os números de horas, foram estimadas as cargas horárias médias anuais de 67 horas de treinamento por empregado e de 76 horas por gerente.
Mais de 80% das empresas investiram em treinamento para melhoria da qualidade e em engenharia/tecnologia de software, havendo o registro dos valores investidos por parte de pouco menos de um terço, o que permitiu a obtenção de valores médios anuais de quase R$ 90 mil por empresa, excluídos nos cálculos valores extremos de investimentos realizados por duas empresas por se constituirem pontos fora da curva. (vide Tabela 30)