Em janeiro de 1998, 1.010 empresas eram associadas aos 20 núcleos regionais integrantes da Sociedade Brasileira para Promoção da Exportação de Software - SOFTEX, sendo que 293 participaram desta pesquisa, o que representa metade de sua amostra
Há nesta amostra 542 empresas que desenvolvem software pacote (packaged software) ou software sob encomenda (customized software); 57 desenvolvedores ou distribuidores de software embarcado ou embutido (embedded software), sendo 10 com esta atividade exclusivamente; 140 distribuidores ou editores de software de terceiros, sendo que 135 destes também são desenvolvedores. (vide Tabela 01)
Para caracterizar as empresas, foram levantadas questões quanto à localização geográfica da matriz, idade, tipo de empresa, atividades de informática características, porte em termos de valores comercializados e de pessoas ocupadas, além de aspectos de qualificação e ocupação da mão-de-obra.
Sempre que as informações necessitavam de uma referência temporal anual, o ano de 1996 foi indicado nos textos das questões, uma vez que o trabalho de campo, iniciado em junho de 1997, estendeu-se até julho do mesmo ano.
A maior concentração de empresas ocorreu na região Sudeste (48%) seguida do Sul (33%), destacando-se os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina, todos com percentuais superiores a 10%. (vide Tabela 02).
No Anexo 3, encontra-se disponível a relação de empresas participantes, organizada regionalmente, com detalhamento para a Unidade da Federação de localização da matriz e para as atividades de cada empresa no tratamento de software.
Mais de metade das empresas iniciaram suas atividades de informática nos anos 90 (vide Gráfico 01), à época com predominância no desenvolvimento de software pacote (74%), software sob encomenda (68%) e prestação de consultoria e projetos em informática (57%). (vide Tabela 03)
Predominavam empresas privadas, havendo dentre o setor público e estatal as empresas estaduais de processamento de dados. (vide Gráfico 02)
Em 1996, algumas empresas não apropriaram receita específica proveniente da comercialização de software e outras não comercializaram o software, sob a forma de produto ou de prestação de serviços técnicos em proveito de terceiros, porque desenvolviam exclusivamente para uso próprio (12 empresas) ou porque terceirizavam as atividades de venda (60 empresas). (vide Tabela 04)
A partir da comercialização bruta anual proveniente de software, informada para o ano de 1996, as empresas foram classificadas por porte, de acordo com a faixa de valores a que pertenciam - microempresas (até R$ 120 mil), pequenas (acima de R$ 120 mil a R$ 720 mil), médias (acima de R$ 720 mil a R$ 2,5 milhões) e grandes empresas (acima de R$ 2,5 milhões). A predominância na amostra (68%) é de micro e pequenas empresas. (vide Tabela 04) e (Gráfico 03)
Pouco menos de 2/3 do valor de R$ 1.965 milhões da comercialização bruta apurado para o ano de 1996 resultou do desenvolvimento de software sob encomenda (R$ 1.269 milhões), complementados quase integralmente com valores provenientes de software pacote (R$ 636 milhões). (vide Tabela 05) e (Gráfico 04)
As empresas pesquisadas contavam ao final de 1996 com um contingente superior a 160 mil pessoas ocupadas diretamente, entre sócios, dirigentes, empregados/funcionários, bolsistas, estagiários; mais precisamente, 163.301 pessoas.
Outra forma de classificação por porte considerou essa força de trabalho das empresas como critério - microempresas (de 1 a 10 pessoas), pequenas (de 11 a 50 pessoas), médias (de 51 a 100 pessoas) e grandes (mais de 100 pessoas). Sob este critério, confirma-se a predominância de micro e pequenas empresas com percentual igual a 77%, superior aos 68% encontrados quando utilizados os valores de comercialização para obtenção dos portes. (vide Tabela 06) e (Gráfico 05)
Um indicador da produtividade por empregado, utilizado internacionalmente apesar de questionado por alguns analistas de mercado, é obtido através da relação entre a receita global gerada e o número de pessoas empregadas na empresa.
A produtividade média por empregado para a totalidade da amostra é da ordem de R$ 47 mil, resultado bastante diferenciado quando levado em conta o porte das empresas, segundo os critérios de comercialização e de pessoal, ou eliminados valores extremos. (vide Tabela 07)
A qualificação das pessoas ocupadas nas empresas foi levantada em termos de formação acadêmica formal, totalizando 771 mestres e 106 doutores com uma distribuição onde se observa a existência de pelo menos um profissional pós-graduado em 239 empresas da amostra. (vide Tabela 08) e (Gráfico 06)
Um total de 366 profissionais certificados em qualidade, que obtiveram certificação oferecida pela American Society for Quality - ASQ, Lead Assessor ou pós-graduados lato sensu e stricto sensu em gestão da qualidade, exerciam suas atividades em 129 empresas. (vide Tabela 09) e (Gráfico 06)
Ao final de 1996, havia 15.012 analistas de sistemas, engenheiros de software e programadores atuando, com uma distribuição tal que metade das empresas pesquisadas ocupavam de 1 a 5 profissionais dessas categorias (vide Tabela 10) e (Gráfico 09), 5.923 profissionais de marketing e vendas concentrados na faixa de 1 a 5 em quase 2/3 das empresas (vide Tabela 11) e (Gráfico 09) e 8.359 profissionais envolvidos em atividades de pesquisa e desenvolvimento - P&D concentrados na mesma faixa em quase metade das empresas. (vide Tabela 12) e (Gráfico 09)
A terceirização de serviços de análise e programação foi praticada por 32% das empresas, envolvendo um volume de recursos superior a R$ 100 milhões em 1996 (vide Gráfico 07) , enquanto 30% terceirizavam seus serviços de marketing e vendas. (vide Gráfico 08)
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