O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, se reuniu nesta semana com representantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). No encontro realizado no Ministério em Brasília (DF), na última quarta-feira (22), foi discutida a ampliação das relações multilaterais nas áreas de ciência e tecnologia. Ainda durante o encontro, que contou com as presenças do secretário-executivo da CPLP, Domingos Simões Pereira e do embaixador e chefe da Missão do Brasil Junto a CPLP, Lauro Moreira, ficou acertada a construção de uma agenda de compromissos nas áreas de C&T, energia e educação. A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa é formada por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

O ministro, Sergio Rezende, destacou a necessidade de ampliação das relações multilaterais entre os países que integram a Comissão. O ministro citou o Programa de Cooperação Internacional ProÁfrica, a cargo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), com uma dessas iniciativas. Para ele, outras ações realizadas no Brasil podem servir de exemplo como as Olimpíadas Brasileiras de Matemática (Obmep) e a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que está sendo realizada em todo o País. "São ações que despertam o interesse dos jovens para a ciência e que podem ser adotadas em outros países", destacou.

O secretário executivo da CPLP, Domingos Simões, acrescentou que os países da Comunidades precisam investir mais em educação para acabar com o analfabetismo. "A educação é um vetor para eliminarmos a pobreza de nossos países", disse. Segundo ele, também é necessário investir para que essas nações possam usar a tecnologia em suas indústrias de transformação, especialmente, nas agroindústrias. "Temos que utilizar a tecnologia para ajudar nossos povos a se desenvolver", acrescentou.

O embaixador e chefe da Missão do Brasil Junto a CPLP, Lauro Moreira, também destacou a necessidade de uma maior integração entre os países da Comunidade. De acordo com ele, é preciso ampliar a cooperação multilateral em áreas essenciais como em pesquisas, saúde e educação.