Há bases de dados históricos nacionais que permitem afirmar que o Brasil tem projetos e estratégias na direção do alcance de padrões internacionais efetivos em qualidade e produtividade no setor de software, existindo evidências de que a qualidade de software no País tem apresentado tendência de melhoria contínua.
Contribuem para o reconhecimento desta assertiva o funcionamento duradouro dos grupos de projetos e de indicadores do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade em Software, criado como Subcomitê Setorial do PBQP em 1993; a aplicação regular, desde então, de pesquisas nacionais bienais sobre a qualidade no setor de software brasileiro, posteriormente estendidas à produtividade; e o interesse crescente por informações de tal modo que foi preciso estender a tiragem da presente publicação para 10.000 exemplares a serem distribuídos internamente e no exterior.
Até o presente momento, 22 pólos de desenvolvimento de software foram implantados no País pelo Programa para Promoção da Excelência do Software Brasileiro - SOFTEX, com significativa capilaridade em todo o território nacional, integrando universidades, centros de pesquisa e empresas, com cerca de 1.000 associadas e 200 incubadas em suas 18 incubadoras de base tecnológica em conjunto com departamentos de ciência da computação das principais universidades brasileiras.
A disciplina de empreendedor em informática foi implantada em mais de 100 departamentos de ciência da computação em instituições de ensino técnico superior com cerca de 3000 alunos/ano sendo qualificados; eventos, como Congressos, Simpósios, Seminários e afins, especialmente os que incluem rodadas de negócios, vem ocorrendo com significativa participação, quantitativa e qualitativa, de representantes do setor; além do atendimento a chamadas de projetos, concorrência a premiações, etc.
Linhas de financiamento específica para empresas de software foram criadas junto à FINEP e ao BNDES, com investimentos contratados de cerca de R$ 18 milhões e a resposta do setor aos editais e chamadas promovidos no âmbito dos Fundos Setoriais, especialmente, o Fundo Setorial para Tecnologia da Informação – CTInfo demonstram o potencial dos desenvolvedores de software brasileiros.
Missões ao exterior sinalizam ao Governo e empresários internacionais a priorização do segmento de software na política de comércio exterior. Na China, Japão e Estados Unidos em particular, tem-se criado a expectativa, no interesse brasileiro, de continuidade do investimento na promoção comercial do software brasileiro, criando oportunidade real de mercado para o setor, em comum acordo com as embaixadas brasileiras e, nesses dois países orientais, com o envolvimento dos Governos locais.
Em 2000, segundo dados da Base RAIS do Ministério do Trabalho e Emprego, existiam 14.432 estabelecimentos com atividades relacionadas à informática, ocupando 186.267 pessoas com vínculo empregatício. 10.713 estabelecimentos com 158.353 empregados apresentam atividades potenciais em software, dos quais 4.805 já apropriaram receita específica de software.
Com taxa média anual de crescimento da receita de 19% sobre os valores correntes, o setor de software apresentou o melhor desempenho no mercado nacional na década de 90, quando comparado a hardware, que cresceu 6% ao ano no mesmo período, e a participação de mercado dos produtos de software e serviços técnicos de informática passou de 42% para 51% ao longo do período 1991/99, com relação ao setor de informática como um todo.
O mercado projetado para o ano 2001 é de R$ 6,9 bilhões provenientes da comercialização de software no mercado interno, acrescidos de US$ 1,021 bilhões de importação de software, resultante da remessa em direitos autorais.
Com satisfação divulgamos os resultados das últimas pesquisas diretas conduzidas pela Secretaria de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia – 5ª edição da pesquisa "Qualidade e Produtividade no Setor de Software Brasileiro" e 2ª edição da "Produtividade Sistêmica no Setor de Software Brasileiro", realizada em parceria com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Paraná - IBQP-PR.
Agradecemos às empresas participantes pela prestação de informações atualizadas e fidedignas, e às instituições parceiras, que permitiram a mobilização de um elenco de especialistas extremamente competentes, com participação diferenciada em vários níveis e cujos dados para contato encontram-se disponíveis no Anexo 7.
Parabenizamos a equipe de técnicos da Divisão de Sistemas de Informação sobre Informática da SEPIN, dedicados ao presente projeto, cuja relação pode ser encontrada na página 259 desta publicação, destacando ainda a parceria mais estreita estabelecida com a Sociedade SOFTEX e o patrocínio da empresa Itautec Philco para publicação desta edição.
Finalmente, ao compartilhar estas informações contamos com críticas e sugestões, que estimularão nosso processo contínuo e sistemático de aperfeiçoamento dos instrumentos de captação e divulgação, contribuindo para a criação do conhecimento e alimentação de ações geradoras da qualidade, produtividade, competitividade e inovação.
Não percam o contato conosco, visitando nossa página web na Internet a partir do endereço https://www.mct.gov.br/sepin.
Vanda Scartezini
Secretária de Política de Informática