O Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCTI) inaugurou em Soure, na Ilha do Marajó (PA), o Espaço Bicho D’Água - um museu criado para a difusão de conhecimentos sobre mamíferos aquáticos da Amazônia junto aos moradores e visitantes do arquipélago. A iniciativa é do projeto Bicho D’Água, do grupo de estudos de mamíferos Aquáticos da Amazônia (Gemam), vinculado ao MPEG.
O local conta com uma área de exposição permanente, com painéis explicativos sobre as espécies, o esqueleto e um modelo de boto-cinzento, além de uma biblioteca e uma sala de multimídia para exibição de conteúdo audiovisual sobre temas ambientais. O visitante também recebe instruções de como proceder ao encontrar um peixe-boi, baleia ou boto encalhado na praia ou preso em redes de pesca.
Conservação
O projeto Bicho D’Água: Conservação Socioambiental busca o aprimoramento técnico-científico sobre mamíferos aquáticos a partir de dois pontos de estudos no Pará: um é a Área de Proteção Ambiental de Algodoal/Maiandeua e o outro, a costa leste da Ilha do Marajó, que compreende os municípios de Soure e Salvaterra.
As iniciativas correspondem à elaboração de medidas para a conservação de espécies representativas da fauna do litoral amazônico: o boto cinza (Sotalia guianensis), o boto-vermelho (Inia geoffrensis) e os peixes-boi marinho e da Amazônia (Trichechus spp.)
Atuando em quatro áreas (ecologia dos mamíferos aquáticos; manejo participativo; responsabilidade socioambiental e educação ambiental), o projeto é executado por pesquisadores do Gemam, grupo de pesquisa ligado ao setor de mastozoologia do Museu Goeldi e que trabalha na pesquisa e conservação de mamíferos amazônicos desde 2006.
O Gemam surgiu para maior obtenção de informações sobre as espécies de botos, baleias, golfinhos e peixes-boi que ocorrem na costa amazônica. A equipe de pesquisadores monitora praias e portos pesqueiros, realiza resgates ocasionais de animais encalhados ou enredados, calcula o tamanho da população de mamíferos aquáticos e promove atividades de educação ambiental.
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Texto: Júlio Matos – Agência Museu Goeldi