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Pesquisador faz balanço do desenvolvimento da matemática na Amazônia
26/07/2014 - 10:27
O projeto Integrando a Amazônia, da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), busca desenvolver e consolidar atividades de pesquisa e pós-graduação na Região Norte. Os avanços e as dificuldades da iniciativa pautaram uma mesa-redonda na 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), nesta sexta-feira (25), em Rio Branco.

Previsto para ocorrer de agosto de 2011 a julho de 2015, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), o projeto estimula atividades de pesquisa e ensino de Matemática, nos níveis de iniciação científica e pós-graduação.

O CNPq fornece periodicamente 40 bolsas de iniciação científica para o projeto, distribuídas uniformemente às universidades federais do Acre (UFAC), do Amapá (UNIFAP), do Amazonas (UFAM), do Pará (UFPA), do Oeste do Pará (UFOPA), de Rondônia (UNIR), de Roraima (UFRR) e do Tocantins (UFT).

A cada dois anos, o projeto organiza o Colóquio de Matemática da Região Norte (CMRN), que costuma reunir de 400 a 500 pesquisadores e estudantes de todos os estados da Amazônia, segundo o presidente da SBM, Marcelo Viana. A terceira edição do CMRN ocorrerá em Manaus, de 13 a 17 de outubro.

Desafios

Pesquisador do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), Viana informou que a SBM planeja incentivar “a parte menos satisfatória do projeto”: a plena integração das oito universidades à comunidade nacional da área. “Estamos trabalhando para levar mais professores e, sobretudo, alunos da região a fazerem estágios nos centros mais desenvolvidos do país”, disse.

Outro objetivo do projeto é a criação de programas de pós-graduação nas universidades. “Nós partilhamos a ideia de que deve ser promovida a formação na própria Amazônia, para facilitar a fixação dos pesquisadores”, defendeu Viana. “Na área de matemática, existem dois programas de mestrado, um na UFPA e outro na UFAM, e, há cerca de quatro ou cinco anos, essas duas universidades se juntaram para criar um programa de doutorado.”

Viana lembrou que, há duas décadas, não havia pós-graduação consolidada na Região Norte. “Então, sou do time dos otimistas que acreditam que, com trabalho e com recursos, que são insuficientes, mas existem, é possível fazer uma mudança muito profunda no cenário da matemática”, previu. “Temos um doutorado está em construção. Isso quer dizer que daqui a 15 anos nós podemos ver alguém dizendo que Macapá está à altura de Manaus e Belém. Só tem que fazer o dever de casa. Todos nós temos que fazer o dever de casa.”

A mesa-redonda da SBPC também teve como palestrantes as matemáticas Flávia Jacinto, da Ufam, Rubia Nascimento, da UFPA, e Simone Delphin, da Unifap, com participação de pesquisadores de outras universidades envolvidas.

 

Texto: Rodrigo PdGuerra – Ascom do MCTI

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